quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Os direitos do idoso

Idoso é toda pessoa adulta com 60 anos ou mais



O IDOSO TEM DIREITO À VIDA

· A família, a sociedade e o Estado, tem o dever de amparar o idoso garantindo-lhe o direito à vida;
· Os filhos maiores tem o dever de ajudar a amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade;
· Poder público deve garantir ao idoso condições de vida apropriada;
· A família, a sociedade e o poder público, devem garantir ao idoso acesso aos bens culturais, participação e integração na comunidade;
·Idoso tem direito de viver preferencialmente junto a família;
· Idoso deve ter liberdade e autonomia.
 
O IDOSO TEM DIREITO AO RESPEITO



· Idoso não pode sofrer discriminação de qualquer natureza;

· A família, a sociedade e o Estado tem o dever de:
assegurar ao idoso os direitos de cidadania;

· Assegurar sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar;
· Os idosos devem ser respeitados pelos motoristas de ônibus, que devem atender suas solicitações de embarque e desembarque, aguardando sua entrada e saída com o ônibus parado;
· Todos os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço deverão dar preferência ao atendimento ao idoso, devendo ter placas afixadas em local visível com os seguintes dizeres: "Mulheres gestantes, mães com criança de colo, idosos, e pessoas portadoras de deficiência têm atendimento preferencial";


O IDOSO TEM DIREITO AO ATENDIMENTO DE SUAS NECESSIDADES B ÁSICAS



· A aposentadoria após completar o tempo de serviço de 35 anos para os homens e 30 anos para a mulher;
· A aposentadoria proporcional por idade 65 anos para os homens e 60 anos para as mulheres;

· Ao benefício de prestação continuada, se tiver idade superior a 67 anos e não possuir outras rendas e sua família não dispuser de meios para assisti-lo;
· receber apoio jurídico do Estado, se não tiver meios de provê-los;

· Acolhimento provisório através de Centros-Dia, e /ou Casas-Lares;

· Ser atendido nos plantões sociais da Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social,
recebendo orientação, encaminhamentos, óculos e documentação;

· Os idosos inscritos no Programa de Atendimento à Terceira Idade da Secretaria Municipal da Família e Bem-Estar Social – FABES – têm o direito de receber "O Leite para a Vovó".



O IDOSO TEM DIREITO À SAÚDE

O poder público deve:
·Garantir ao idoso acesso à saúde;
· Criar serviços alternativos de saúde para o idoso;
· Prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do idoso;
· Idoso tem direito ao atendimento preferencial nos postos de saúde e hospitais municipais, juntamente com as gestantes, deficientes, devendo os mesmos serem adaptados para o seu atendimento;
· Iidoso tem direito de ser vacinado anualmente contra gripe e pneumonia;
· Idoso deve ser informado sobre a prevenção e controle da osteoporose.


O IDOSO TEM DIREITO À EDUCAÇÃO


· Dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria;
· Aos órgãos estaduais e municipais de educação compete:

· Implantar programas educacionais voltados para o idoso, estimulando e apoiando assim, a admissão do idoso na universidade;

· Incentivar o desenvolvimento de programas educativos voltados para a comunidade, ao idoso e sua família, mediante os meios de comunicação de massa;
· Incentivar a inclusão nos programas educacionais de conteúdo sobre o envelhecimento;

·Incentivar a inclusão de disciplinas de Gerontologia e Geriatria nos currículos dos cursos superiores;

· Idoso tem o direito de participar do processo de produção, reelaboração e fruição dos bens culturais;
· Saber do idoso deve ser valorizado, registrado e transmitido aos mais jovens como meio de garantir a sua continuidade, preservando-se a identidade cultural.


O IDOSO TEM DIREITO À MORADIA

Aos órgãos públicos, no âmbito estadual e municipal, cabe: · Destinar, nos programas habitacionais, unidades em regime de comodato ao idoso, na modalidade de casas-lares;
· Incluir nos programas de assistência ao idoso formas de melhoria de condições de habitabilidade e adaptação de moradia, considerando o seu estado físico e sua independência de locomoção;
· Elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à habitação popular;
· Diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas.


O IDOSO TEM DIREITO À JUSTIÇA

· Todo cidadão tem o dever de denunciar à autoridade competente qualquer forma de negligência ou desrespeito ao idoso; · Ao Ministério da Justiça (nos âmbitos estadual e municipal) compete zelar pela aplicação das normas sobre o idoso, determinando ações para evitar abusos e lesões a seus direitos, assim como acolher as denúncias para defender os direitos da pessoa idosa junto ao Poder Judiciário.


O IDOSO TEM DIREITO AO TRANSPORTE


· O idoso, homem com 65 anos e mulher com 60 anos, está isento do pagamento de tarifa em todas as linhas urbanas de ônibus e trolebus operados pela SP Transporte e empresas particulares permissionárias de serviço de transporte coletivo; · Todos os veículos empregados nas linhas de transporte coletivo de passageiros, no município de São Paulo, deverão ter os quatro primeiros lugares sentados, da sua parte dianteira, reservado para uso por gestantes, mulheres portando bebês ou crianças de colo, idosos e deficientes físicos.


O IDOSO TEM DIREITO AO LAZER

· Os aposentados e idosos têm direito a meia-entrada para ingresso nos cinemas, teatros, espetáculos e eventos esportivos realizados no âmbito do município de São Paulo;

· Foi instituído, no âmbito do município de São Paulo, o passeio turístico gratuito para as pessoas com mais de 65 anos de idade.

O IDOSO TEM DIREITO AO ESPORTE

· As unidades esportivas municipais deverão estar voltadas ao atendimento esportivo, cultural, de recreação e lazer da população, destinando atendimento específico às crianças, aos adolescentes, aos idosos e aos portadores de deficiência; · O município deve destinar recursos orçamentários para incentivar a adequação dos locais já existentes e a previsão de medidas necessárias quando da construção de novos espaços, tendo em vista a prática de esportes, de recreação e de lazer por parte dos portadores de deficiências, idosos e gestantes de maneira integrada aos demais cidadãos;

· A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação realizará nos mês de
setembro de cada ano a Olimpíada Municipal da Terceira Idade. 

domingo, 18 de dezembro de 2011

Sérgio Britto

Sérgio Pedro Corrêa de Britto (Rio de Janeiro, 29 de junho de 1923 - Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2011[1]) foi um consagrado ator, diretor, apresentador e roteirista de cinema, televisão e teatro brasileiro.
Considerado um dos maiores atores do país, Sérgio Britto foi responsável pela direção de Ilusões Perdidas, primeira telenovela produzida e exibida pela TV Globo.[2] Apesar de seu pioneirismo na televisão, foi o teatro que o consagrou.
Filho de Lauro e Alzira, seu pai era funcionário público e sua mãe, dona de casa. Sérgio vivia com eles e o irmão, Hélio. Uma típica família da Vila Isabel daquela época: todos religiosos, tradicionais e conservadores.
A idéia de ser ator não passava por sua cabeça, tanto é que chegou a cursar até o sexto ano de medicina, na Faculdade da Praia Vermelha. Mas foi no teatro universitário amador, fazendo o papel de Benvoglio em Romeu e Julieta, que Sérgio descobriu que o teatro seria sua vida. No ano de 1945 abandonou a medicina para se dedicar à sua paixão.
Sérgio foi o criador, diretor e ator do Grande Teatro Tupi, que foi ao ar por mais de dez anos. Com elenco no qual se destacam Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Natália Thimberg, Manoel Carlos, Fernando Torres, Zilka Salaberry, Aldo de Maio e Cláudio Cavalcanti, o teleteatro apresentou sob o seu comando repertório de mais de 450 peças dos maiores autores nacionais e estrangeiros. Depois de seis anos na extinta TV Tupi, o Grande Teatro transfere-se, para a TV Rio e depois, por seis meses, para a TV Globo – um programa formador de plateia, referência na história da televisão e do teatro brasileiro. Na carreira teatral, mais de 90 espetáculos representados.
Em 1953, participa do primeiro elenco profissional do Teatro de Arena atuando em Esta Noite é Nossa, de Stafford Dickens, direção de José Renato; e dirigindo Judas em Sábado de Aleluia, de Martins Pena. Ainda na década de 1950, fez parte da Companhia Maria Della Costa e do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), em que atua em A Casa de Chá do Luar de Agosto, Rua São Luís, 27 - 8º Andar e Um Panorama Visto da Ponte, sua última incursão no grupo.
Em 1959, formou sua própria companhia teatral, o Teatro dos Sete, com Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli, Alfredo Souto de Almeida e Fernando Torres, e apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro a histórica montagem de O Mambembe, de Artur Azevedo.
Em 1960, especialmente para o Teatro dos Sete, Nelson Rodrigues escreveu O Beijo no asfalto.
Em 1963, dirigiu na TV Rio, A morta sem espelho de Nelson Rodrigues.
Em 1964, dirigiu mais duas novelas: Vitória e Sonho de amor, esta última uma adaptação feita por Nélson Rodrigues do romance O tronco do ipê, de José de Alencar, produzida pela TV Rio e exibida também em São Paulo pela TV Record.
Em 1965, juntamente com Líbero Miguel, dirigiu a primeira novela da Rede Globo, Ilusões Perdidas, e no elenco estavam Emiliano Queiroz, Leila Diniz, Miriam Pires, Norma Blum, Osmar Prado, Reginaldo Faria, entre outros.
Em 1969, na TV Excelsior, Sérgio dirigiu A muralha, de Ivani Ribeiro, baseada no romance de Dinah Silveira de Queiroz. A novela tinha no elenco Fernanda Montenegro, Mauro Mendonça, Rosamaria Murtinho, Stênio Garcia e Nathalia Timberg.
Em 1971, ao lado de Fernanda Montenegro, atua na peça O Marido Vai à Caça de Georges Feydeau. Dirigido por Amir Haddad.
Em 1974, destaca-se como um dos intérpretes de A Gaivota, de Anton Tchekhov, dirigida por Jorge Lavelli.
Em 1975, interpreta o Dr. Facchini, grande sucesso da novela Escalada de Cassiano Gabus Mendes. A novela tinha no elenco Tarcísio Meira, Renée de Vielmond, Suzana Vieira, Ney Latorraca e Nathália Timberg.
Em 1976, atuou no novela Anjo Mau, ao lado de Suzana Vieira, José Wilker, Renée de Vielmond, Pepita Rodrigues, Osmar Prado, entre outros. A novela de Cassiano Gabus Mendes foi exibida no horário das 19 horas e contou com 175 capítulos. Dirigida por Régis Cardoso e Fábio Sabag, Anjo Mau foi a penúltima novela em preto-e-branco exibida pela Rede Globo.
Em 1977, dirige Renata Sorrah, em parceria com Walter Scholiers, em Afinal... uma Mulher de Negócios, de Rainer Werner Fassbinder.
Em 1978, fundou o Teatro dos 4 na Gávea, como sempre com sua mania de números. E os quatro, na verdade eram três: Sergio Britto, Paulo Mamede e Mimina Roved. Durante quinze anos produziram dezessete espetáculos de teatro da maior importância, entre os quais: Os viciados; Assim é se lhe parece; Tio Vânia; O jardim das cerejeiras, e muitas outras..
Em 1982, atuou na novela Paraíso, de Benedito Ruy Barbosa. Ao lado de Tereza Rachel e Ary Fontoura. Ainda em 1982, juntamente com fonoaudióloga Glorinha Beutenmuller, ajuda fundar a CAL(Casa de Arte das Laranjeiras), que hoje é considerada uma das escolas mais conceituadas na preparação do ator no Brasil.
Em 1985, está em Assim É...(Se Lhe Parece), de Luigi Pirandello, com direção de Paulo Betti.
Em 1985, atua ao lado de Rubens Corrêa e Ítalo Rossi em Quatro Vezes Beckett, que marca o início da trajetória do diretor Gerald Thomas no Brasil.
Em 1986, atua com Tônia Carrero, na peça Quartett, de Heiner Müller e sob direção de Gerald Thomas.
Em 1989, assume a direção artística do Centro Cultural do Banco do Brasil - CCBB.
Em 1990, Sérgio interpreta Antero Novaes, na novela Pantanal, da extinta Rede Manchete. O personagem era viciado em pôquer, morre no 15º capítulo da novela, quando está jogando com o neto e no jogo faz um royal street flash e morre de emoção.
Em 1993, na Globo, participou de Olho no Olho, onde interpretou o Padre João.
Em 1994, Sérgio Britto integrou o elenco da minissérie Memorial de Maria Moura.
Em 1996, lança sua autobiografia Fabrica de Ilusão: 50 Anos de Teatro; (Funarte/Salamandra). No mesmo ano, interpreta o Conde Valadares, na novela Xica da Silva, da Rede Manchete. A novela tinha Taís Araújo no papel principal.
No ano de 2000, o ator fez papel de Teodoro Oliveira de Barros, na novela Vidas Cruzadas, da Rede Record.
Em 2003, com a direção de Domingos Oliveira estreou Sergio 80, um espetáculo-solo que falava sobre as suas experiências em seus 80 anos de vida.
Em 2008, interpreta Dom Pedro II. no especial da Rede Globo: O Natal do Menino Imperador. Escrito por Péricles de Barros, com direção geral de Denise Saraceni. No mesmo ano, com a peça A última gravação de Krapp e Ato sem palavras I de Samuel Beckett, ganhou o prêmio "Faz Diferença", do Jornal O GLOBO como Personalidade do teatro.
Em 2009, ganhou o Prêmio Shell de melhor ator, por A última gravação de Krapp e Ato sem palavras I.
Em 2010, protagonizou juntamente com Suely Franco, a peça Recordar é Viver, com direção de Eduardo Tolentino de Araújo. No mesmo ano, lança sua segunda autobiografia O Teatro e Eu. Uma corajosa revisão de seus 86 anos de idade, dos quais 65 de carreira na televisão, cinema e, principalmente, no teatro. Também em 2010, por conta de uma cláusula de exclusividade no contrato com a Rede Globo, que Sérgio Britto não aceita, é substiuido por Leonardo Villar, em Passione.
Apresentou o programa semanal Arte com Sérgio Britto, na TV Brasil.
Morreu no dia 17 de dezembro de 2011 aos 88 anos de idade, no Rio de Janeiro, devido a problemas cardiorrespiratórios.

No cinema
2006 - O maior amor do mundo - Dirigido por Cacá Diegues
1991 - A Maldição do Sanpaku - Dirigido por José Joffily
1986 - O Quebra-Nozes - Dirigido por Alcino Diniz
1977 - Na ponta da faca - Dirigido por Miguel Faria Jr
1976 - Gordos e magros - Dirigido por Mario Carneiro
1973 - Caingangue - Dirigido por Carlos Hugo Christensen
1965 - O desafio - Dirigido por Paulo César Saraceni
1965 - Society em baby-doll - Dirigido por Luis Carlos Maciel
1954 - A sogra - dirigido por de Armando Couto
1954 - Destino em apuros (também roteirista)
1953 - O homem dos papagaios (também roteirista)
1953 - Uma vida para dois (também roteirista)
1953 - Esquina da ilusão - Dirigido por Ruggero Jacobbi
1953 - Luz apagada - Dirigido por Carlos Thiré
1952 - Modelo 19 - Dirigido por Armando Couto
1951 - O Comprador de Fazendas - Dirigido por Alberto Pieralisi
[editar]Na televisão
2008 O Natal do Menino Imperador - Dom Pedro II(Rede Globo)
2000 Vidas Cruzadas - Teodoro (Rede Record)
1999 Chiquinha Gonzaga - Marquês de Caxias(Rede Globo)
1998 Serras Azuis - Barão de Serras Azuis (Rede Bandeirantes)
1997 Direito de Vencer - Giovanni Lucilli (Rede Record)
1997 A Indomada (Rede Globo)
1996 Xica da Silva - Conde Valadares (Rede Manchete)
1994 Memorial de Maria Moura - Eliseu (Rede Globo)
1993 Mulheres de Areia - Psiquiatra (Rede Globo)
1993 Olho no Olho - Padre João (Rede Globo)
1991 O fantasma da ópera - Antônio Medeiros (Rede Manchete)
1991 O Farol - Clemêncio (Rede Manchete)
1990 A História de Ana Raio e Zé Trovão - Basílio (Rede Manchete)
1990 Pantanal - Antero (Rede Manchete)
1989 Kananga do Japão - Teodoro (Rede Manchete)
1986 Dona Beija - padre Aranha (Rede Manchete)
1984 Marquesa de Santos - Visconde de Castro (Rede Manchete)
1984 Caso Verdade, Esperança - Genaro (Rede Globo)
1982 Caso Verdade, Um Engano Mortal - Delegado Alcântara (Rede Globo)
1982 Paraíso - Norberto (Rede Globo)
1980 Olhai os lírios do campo - Vicente Cintra (Rede Globo)
1977 Espelho Mágico - Gastão Cortez / Benito (Rede Globo)
1976 Anjo Mau - Téo (Rede Globo)
1975 Escalada - Valério (Rede Globo)
1974 Supermanoela - Jorge (Rede Globo)
1974 Mulher (episódio de Caso Especial) (Rede Globo)
1969 Sangue do Meu Sangue - tenente (TV Excelsior)
1964 Vitória (TV Rio)
1964 Sonho de amor (TV Rio)
1963 Pouco Amor Não é Amor
1963 A morta Sem Espelho (TV Rio)
[editar]Como diretor

1981 Prima Belinha
1970 E nós aonde vamos? (TV Tupi)
1968 A muralha (TV Excelsior)
1968 O terceiro pecado
1965 Um rosto de mulher (Rede Globo)
1965 Ilusões perdidas (Rede Globo)
1965 Paixão de outono (Rede Globo)
1965 Coração

sábado, 17 de dezembro de 2011

Há um presépio no barraco do vizinho...



O velho ermitão andarilho,
Que a vida inteira caminha,
Sentado agora à entrada de sua tenda,
Ruminando um refrão do Profeta Isaias,
Circunspecto medita...

“No alto, morada santa e sublime ocupo,
“Na terra, a casa dos humildes e oprimidos habito,”  Is 57,15

De súbito,
Ledo descobre o ermitão
Que o tão esperado “Menino”
Se arrancha no barraco ao lado,
Onde mora o casal de pobres vizinhos.

Lá dentro,
Afirma o sábio ermitão,
Numa manjedoura,
Preguiçoso o Menino ressona
E assim repousando espera
Que alegres, depressa, venham
Com Ele se entrer.


FELIZ NATAL

Montes Cloros ,  11 de dezembro de 2011
Romildo Ernesto de Leitão Mendes

Joãosinho Trinta

João Clemente Jorge Trinta, o Joãosinho Trinta (São Luís, 23 de novembro de 1933 - São Luís, 17 de dezembro de 2011) foi um artista plástico e famoso carnavalesco brasileiro.
Até os 18 anos de idade viveu em São Luís do Maranhão, onde trabalhou como escriturário. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951.
Começou sua carreira carnavalesca no Salgueiro, onde foi campeão, como assistente, em 1965, 1969 e 1971.
Após a saída dos carnavalescos Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues, foi promovido a carnavalesco da escola onde fez dupla com a artista plástica Maria Augusta no carnaval de 1973, com o enredo "Eneida: Amor e Fantasia".
Já como carnavalesco-solo ganhou o bi-campeonato em 1974 com "O Rei de França na Ilha da Assombração" e em 1975 com "O Segredo das minas do Rei Salomão".
Após divergências com a diretoria salgueirense, transferiu-se para a escola de samba Beija-Flor, onde deu seu toque de genialidade com enredos ousados e luxuosos que deram à agremiação nilopolitana os títulos de 1976, 1977, 1978, 1980 e 1983, além de vários vice-campeonatos, entre eles os de 1986 com "O mundo é uma bola" e o de 1989 com "Ratos e Urubus, Larguem a Minha Fantasia" gerando controvérsias com a Igreja Católica ao tentar levar ao desfile uma imagem do Cristo Redentor caracterizado como mendigo.
Também foi campeão nos Grupos de Acesso com as escolas Império da Tijuca e Acadêmicos da Rocinha, além de ter feito carnavais para escolas de São Paulo.
Após problemas de saúde transferiu-se para a escola de samba Unidos do Viradouro, onde ganhou o título do carnaval de 1997 com o impactante "Trevas! Luz! A explosão do Universo".
Teve passagem marcante na Grande Rio com o 3ºlugar inédito para a escola em 2003.
Em 11 de julho de 2006, após sofrer dois AVCs (acidente vascular cerebral), foi internado no Rio de Janeiro e, vinte dias depois, transferido para o Hospital Sarah Kubitschek, de Brasília, de onde teve alta em 19 de outubro.
Em 2006 se transferiu definitivamente para o Distrito Federal onde foi agraciado com o título de Cidadão Honorário de Brasília e em 2010, concoorreu a deputado distrital, mas não consegui se eleger.
Morreu no dia 17 de dezembro de 2011 devido a insuficiência respiratória e renal em São Luís, Maranhão.

Desfiles assinados por Joãosinho Trinta


Ano Escola Colocação Grupo Enredo
1973 Salgueiro 3º lugar Grupo 1-A Eneida, amor e fantasia[5]
1974 Salgueiro Campeão Grupo 1-A O Rei de França na Ilha da Assombração
1975 Salgueiro Campeão Grupo 1-A O Segredo das minas do Rei Salomão
1976 Beija-Flor Campeão Grupo 1-A Sonhar com Rei dá Leão
1977 Beija-Flor Campeão Grupo 1-A Vovó e o Rei da Saturnália na corte egipiciana
1978 Beija-Flor Campeão Grupo 1-A A criação do mundo segundo a tradição Nagô
1979 Beija-Flor Vice-Campeão Grupo 1-A O paraíso da loucura
1980 Beija-Flor Campeão Grupo 1-A O sol da meia-noite - uma viagem ao país das maravilhas
1981 Beija-Flor Vice-Campeão Grupo 1-A Carnaval no Brasil - a oitava das sete maravilhas do mundo
1982 Beija-Flor 6 Lugar Grupo 1-A O olho azul da serpente
1983 Beija-Flor Campeão Grupo 1-A A grande constelação das estrelas negras
1984 Beija-Flor 3ºlugar Grupo 1-A O gigante em berço esplêndido
1985 Beija-Flor Vice-Campeão Grupo 1-A A Lapa de Adão e Eva
1986 Beija-Flor Vice-Campeão Grupo 1-A O mundo é uma bola
1987 Beija-Flor 4ºlugar Grupo 1-A As mágicas luzes da ribalta
1988 Beija-Flor 3º lugar Grupo 1-A Sou Rei negro, do Egito à liberdade
1989 Beija-Flor Vice-Campeão Grupo 1-A Ratos e Urubus, larguem a minha fantasia
Unidos do Peruche Vice-Campeão Grupo Especial Deuses Africanos
Rocinha Campeão Grupo 1-D O esplendor dos divinos orixás
1990 Beija-Flor Vice-Campeão Grupo Especial Todo mundo nasceu nu
Unidos do Peruche Vice-campeão Grupo Especial De Roma Pagã ao Esplendor da Paulicéia
Rocinha Campeão Grupo 1-C Um coração chamado Brasil
1991 Beija-Flor 4º lugar Grupo Especial Alice no Brasil das maravilhas
Rocinha Campeão Grupo 1-B Do esplendor da Roma pagã ao despertar da Rocinha
1992 Beija-Flor 7º lugar Grupo Especial Há um ponto de luz na imensidão
1994 Viradouro 3º lugar Grupo Especial Tereza de Benguela, uma rainha negra no Pantanal
1995 Viradouro 8º lugar Grupo Especial O rei e os três espantos de Debret
1996 Viradouro 13º lugar Grupo Especial Aquarela do Brasil ano 2000
1997 Viradouro Campeão Grupo Especial Trevas! Luz! A explosão do universo
1998 Viradouro 5º lugar Grupo Especial Orfeu, o negro do carnaval
1999 Viradouro 3º lugar Grupo Especial Anita Garibaldi, heroína das sete magias
2000 Viradouro 3º lugar Grupo Especial Brasil, visões de paraísos e infernos
2001 Grande Rio 6º lugar Grupo Especial Gentileza, o profeta do fogo
2002 Grande Rio 7ºlugar Grupo Especial Os papagaios amarelos nas terras encantadas do Maranhão
2003 Grande Rio 3ºlugar Grupo Especial O Brasil que Vale
2004 Grande Rio 10ºlugar Grupo Especial Veste a camisinha, meu amor
2005 Vila Isabel 10ºlugar Grupo Especial Singrando em mares bravios... E construindo o futuro

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Roberto Carlos


Roberto Carlos Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 19 de abril de 1941), mais conhecido como Roberto Carlos, é um cantor e compositor brasileiro. Ele foi um dos primeiros ídolos jovens da cultura brasileira, liderando o primeiro grande movimento de rock feito no Brasil. Além dos discos, estrelou um programa na TV Record, chamado Jovem Guarda (que batizou esse movimento de rock), e filmes inspirados na fórmula lançada pelos Beatles - como "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" e "Roberto Carlos a 300km por Hora". Atualmente continua se apresentando com freqüência e produz anualmente um especial que vai ao ar na semana do Natal pela Rede Globo, mesma época em que costumavam ser lançados seus discos anuais.
Entre 1961 e 1998, Roberto lançou um disco inédito por ano. Seus discos já venderam mais de 120 milhões de cópias e bateram recordes de vendagem - em 1994 chegou a marca de 70 milhões de discos vendidos -, incluindo gravações em espanhol, inglês e italiano, em diversos países. Fez milhares de shows em centenas de cidades no Brasil e no exterior. Seu fã-clube é um dos maiores do mundo. Dezenas de artistas já fizeram regravações de suas músicas. Sua popularidade o tornou conhecido no Brasil e na América Latina como O Rei. Em 2010, durante premiação no Radio City Music Hall, em Nova Iorque, o então presidente da Sony Music, Richard Sanders, intitulou-o Rei da Música Latina.
Tendo iniciado a carreira sob influência do rock'n'roll que vinha dos Estados Unidos da América, despontou no início da década de 1960 com composições próprias, geralmente feitas em parceria com o amigo Erasmo Carlos, e versões de sucessos do então recente gênero musical - entre os quais, "Splish Splash", "O Calhambeque", "Parei na contramão" e "É Proibido Fumar" -, fundando as bases para o primeiro movimento de rock feito no Brasil. Com o sucesso, estrelou ao lado de Erasmo e Wanderléa um programa na TV Record chamado Jovem Guarda, que daria nome ao movimento musical. Desta fase, destacaram-se inúmeros sucessos como "Não quero ver você triste", "Lobo Mau", "A garota do baile", "Não é papo pra mim", "Parei, olhei", "História de um homem mau", "Quero que vá tudo pro inferno", "Esqueça", É papo firme", "Mexericos da Candinha", "Eu te darei o céu", "Nossa canção", "Namoradinha de um amigo meu", "Eu sou terrível", "Quando", "Maria, Carnaval e Cinzas", "Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim", "Como é grande o meu amor por você", "Se você pensa", "As canções que você fez pra mim", "Ciúme de você", "Eu te amo, te amo, te amo", "As curvas da estrada de Santos", "As flores do jardim da nossa casa", "Sua estupidez".
Na virada para década de 1970, reformulou seu repertório rock'n roll e se tornou um cantor e compositor basicamente romântico, que não modificou desde então. Logo também mudava seu público-alvo, que deixou de ser o jovem e passou a ser o adulto. Nessa linha, emplacou mais grandes sucessos como "Detalhes", "Amada Amante", "Como dois e dois", "Debaixo dos caracóis dos seus cabelos", "Quando as crianças saírem de férias", "Como vai você", "Proposta", "A Cigana", "O portão", "Eu quero apenas", "Além do horizonte", "Olha", "Os seus botões", "Ilegal, imoral ou engorda", "Amigo", "Falando sério", "Cavalgada", "Outra vez", "Força estranha", "Café da manhã", "Na paz do seu sorriso", "Amante à moda antiga", "Emoções", "Cama e mesa", "Fera ferida", "O côncavo e o convexo", "Caminhoneiro", "Verde e Amarelo", "Pergunte pro seu coração", "Dito e feito", "Tanta solidão", entre outras. Também a partir dessa fase despontaram composições de cunho religioso em sua obra, algumas também com bastante sucesso, como "Jesus Cristo", "Todos Estão Surdos", "A montanha", "O homem", "Fé", "Estou aqui", "Guerra dos Meninos", "Ele esta pra chegar" e "Nossa Senhora", entre outras.

Nascido no interior do Espírito Santo, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, é o quarto e último filho do relojoeiro Robertino Braga (27 de março de 1896[1] — 27 de janeiro de 1980[2]) e da costureira Laura Moreira Braga (Mimoso do Sul, 10 de abril de 1914 — Rio de Janeiro, 17 de abril de 2010). A família morava no bairro do Recanto, numa casa modesta, no alto de uma ladeira. Os demais membros da família eram: Lauro Roberto Braga, Carlos Alberto Braga e Norma Moreira Braga, a qual Roberto Carlos carinhosamente chamava Norminha.
Aos seis anos de idade, no dia da Festa de São Pedro, que é o padroeiro da cidade de Cachoeiro do Itapemirim, ele foi atropelado por uma locomotiva a vapor e sua perna direita teve de ser amputada até pouco abaixo do joelho.[3] Até hoje ele usa uma prótese, mas evita falar no assunto.
Ainda criança aprendeu a tocar violão e piano - a princípio com sua mãe e, posteriormente, no Conservatório Musical de Cachoeiro de Itapemirim. Apesar de seu sonho de infância de ser arquiteto, dedicou-se à música. O ídolo na época era Bob Nelson, um artista brasileiro que se vestia de cowboy e cantava música "country" em português. Incentivado pela mãe, cantou pela primeira vez em um programa infantil na Rádio Cachoeiro, aos nove anos. Apresentou-se cantando o bolero "Amor y más amor". Como prêmio pelo primeiro lugar, recebeu balas. O cantor recordaria anos depois o momento, relatado na obra "Roberto Carlos em Detalhes", de Paulo Cesar de Araújo: "Eu estava muito nervoso, mas muito contente de cantar no rádio. Ganhei um punhado de balas, que era como o programa premiava as crianças que lá se apresentavam. Foi um dia lindo."[4] Tornou-se então presença assídua do programa, todos os domingos acreditando no seus sonhos de cantar.
Depois de um período de reclusão, Roberto Carlos retomou sua carreira com a turnê "Amor Sem Limite", inaugurada em Recife, em novembro de 2000,[10][11] título da canção - feita em homenagem a Maria Rita - de maior destaque no álbum lançado em dezembro daquele mesmo ano.[12][13] Ainda naquele ano, o cantor rompeu o contrato com a gravadora Sony (ex-CBS),[14][15] após 39 anos de parceria.[16]
Em 2001, Roberto recebeu inúmeras homenagens pelo 60º aniversário e gravou o álbum "Acústico MTV",[17] depois de meses de negociações entre a Rede Globo e a MTV Brasil.[18][19] O álbum trouxe 14 releituras em versão acústica para antigos sucessos, alguns cantados com a participação de artistas como Samuel Rosa, do Skank (em "É Proibido Fumar"), Tony Bellotto, dos Titãs (em "É Preciso Saber Viver"), entre outros.
No ano seguinte, Roberto Carlos foi acusado pelo maestro Sebastião Braga de plagiar a melodia da sua composição "Loucuras de Amor" em "O Careta", de 1987.[20] Também foi lançado o DVD "Acústico MTV",[21] que logo seria retirado de circulação devido a problemas contratuais. Em comemoração aos 90 anos do bondinho do Pão de Açúcar, o cantor fez uma apresentação para 200 mil pessoas no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro.[22]
No final de 2003, apresentou-se no Ginásio do Maracanãzinho, onde foram gravadas imagens para o tradicional especial natalino na Rede Globo, e também onde foi divulgado seu novo álbum, "Pra sempre", totalmente dedicado a Maria Rita. Com nove canções inéditas, o disco contou com "O Cadillac" (única faixa escrita com Erasmo), "Acróstico" (cujas primeiras letras dos versos formam a frase "Maria Rita Meu Amor") e a bela "Todo Mundo Me Pergunta", além da faixa título "Pra Sempre". Em janeiro de 2004, Roberto fez um show no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, como parte das comemorações dos 450 anos da cidade. Em outubro do mesmo ano, o cantor lotaria o Estádio do Pacaembu, também na capital paulista, na apresentação do show "Pra Sempre" e que seria lançado em DVD. Após iniciar tratamento terapêutico, ele também reconheceu publicamente sofrer de transtorno obsessivo-compulsivo,[23] síndrome que o levou a um comportamento excessivamente supersticioso e o fez abandonar do repertório dos espetáculos canções famosas como "Café da Manhã", "Outra Vez" e "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno". Em entrevista coletiva, admitiu que poderia voltar a cantá-las, demonstrando os resultados do tratamento..[24] No final desse ano, comemorou o 30º aniversário do primeiro especial para a Rede Globo e foi lançado o primeiro volume de sua discografia, em uma caixa por década, que reúne seus discos em formato mini-LP e sonoridade remasterizada.
Em 2005, o Jornal do Brasil organizou uma votação sobre discos que emplacaram diversos sucessos ao mesmo tempo na música brasileira. Os primeiro e o segundo lugares ficaram com Roberto Carlos, com "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura", de 1967 (com sucessos como "Eu Sou Terrível", "Quando" e "Como É Grande O Meu Amor Por Você") e "Roberto Carlos", de 1977 (com sucessos como "Amigo", "Outra Vez", "Cavalgada", "Falando Sério" e "Jovens Tardes de Domingo"). Ainda nesse ano, chegou a um acordo com o maestro Sebastião Braga, que o acusava de plagiar uma canção sua..[25] Apesar do sucesso de vendas, os trabalhos recentes de Roberto Carlos continuam a desagradar à crítica, que o considera repetitivo. Ainda naquele ano, recebeu uma indicação e venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Romântica, pelo álbum "Pra Sempre Ao Vivo no Pacaembu".
Roberto Carlos sempre manteve sua vida pessoal afastada dos holofotes e nunca permitiu a exposição dos filhos. Em seu repertório, Roberto Carlos homenageou seus pais (Lady Laura e Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo) e seus filhos (As Flores do Jardim da Nossa Casa, Quando As Crianças Saírem de Férias e Fim de Semana).
No período da Jovem Guarda, ele teria tido um romance com a modelo Maria Stella Splendore, então mulher do famoso estilista Dener. Desta relação, há a possibilidade, até hoje não confirmada, do cantor ser pai da filha de Maria Stella, Maria Leopoldina Splendore Pamplona de Abreu. Isto teria sido o pivô da separação de Dener e Maria Stella.[32]
Em 1968, ele casar-se-ia, em Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), com Cleonice Rossi, falecida em 1990, mãe dos filhos, nascidos no Brasil, Roberto Carlos Segundo (o Segundinho, mais conhecido como Dudu Braga, nascido em 1969), e Luciana (nascida em 1971). Ele ainda assumiu a paternidade de Ana Paula Rossi Braga, filha de Cleonice, e a registrou como sua colocando nela o sobrenome Braga e seu nome na certidão. Em 1979, o casamento com Cleonice se desfez, iniciando um romance com a atriz Myrian Rios, com quem teve um relacionamento que duraria onze anos. Não quiseram ter filhos.
Na década de 1990, o cantor descobriu, através de teste de paternidade, reconheceu Rafael Torres como seu filho. Em 1995, o cantor casou-se com a pedagoga Maria Rita Simões Braga - eles não quiseram ter filhos. Em 1998, foi diagnosticado câncer em Maria Rita, que viria a falecer de câncer em dezembro de 1999.
Em 17 de abril de 2010 morreu aos 96 anos Laura Moreira Braga, mãe de Roberto, a dois dias de o Rei completar seu aniversário de 69 anos. A notícia da morte de sua mãe foi dada durante uma apresentação que Roberto Carlos fez no Radio City Music Hall, em Nova York. Em 15 de abril de 2011, morreu de parada cardíaca sua filha, Ana Paula Rossi Braga. O mesmo então cancelou um show que faria em Vitória no dia de seu aniversário (19 de abril).


Discografia

Roberto Carlos é o único artista latino-americano a superar a barreira dos 100 milhões de cópias vendidas. Segundo o "RankBrasil", ele é o "Cantor Brasileiro que Mais Vendeu Discos no Mundo", com um total de 120 milhões de cópias, em 50 anos de carreira.
DVD,s
2001 - Acústico MTV (DVD)
2004 - Para Sempre: Ao Vivo No Pacaembú (DVD)
2006 - Roberto Carlos: Duetos (DVD)
2007 - Roberto Carlos En Vivo (DVD)
2008 - Roberto Carlos e Caetano Veloso e a música de Tom Jobim (DVD)
2010 - Elas cantam Roberto Carlos

Filmografia
Roberto Carlos estrelou filmes inspirados no modelo lançado pelos Beatles na década de 1960.[34] O primeiro longa-metragem foi "Roberto Carlos em Ritmo de Aventura, lançado em 1967. Um ano antes, havia sido iniciada a produção de "SSS Contra A Jovem Guarda", mas o filme jamais foi concluído.
1968 - Roberto Carlos em Ritmo de Aventura (Roberto Farias)
1970 - Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa (Roberto Farias)
1971 - Som Alucinante (Carlos Augusto de Oliveira)
1971 - Roberto Carlos a 300 Quilômetros Por Hora (Roberto Farias)
Participações
1974 - Saravá, Brasil dos Mil Espíritos (Miguel Schneider)
2007 - Person (Marina Person)
Figuração
1958 - Aguenta O Rojão (Watson Macedo)
1958 - Alegria de Viver (|Watson Macedo)
1958 - Minha Sogra é da Policia (Aloísio de Carvalho)
1961 - Esse Rio que Eu Amo (Carlos Hugo Christensen)

Wanderléa A Ternurinha


Wanderléa Charlup Boere Salim (Governador Valadares, 5 de junho de 1946) é uma cantora brasileira.
Tornou-se famosa durante a Jovem Guarda. Fez um grande sucesso na época juntamente com seus amigos Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Trabalhou como atriz principal na película brasileira "Juventude e Ternura" (1968), direção de Aurélio Teixeira, bem como contracenou com Roberto e Erasmo em "Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa" (1968) de Roberto Farias entre outros filmes.

Nascida em Governador Valadares, Wanderléa se mudou aos 9 anos de idade para o Rio de janeiro com a família, para se tornar a mais importante cantora da Jovem Guarda. Já aos 10 anos ganhava concursos em rádios e lançou em 1962 o primeiro compacto. No ano seguinte sai o primeiro LP, "Wanderléa", pela CBS. Na gravadora conhece Roberto(com quem teve um rápido namoro) e Erasmo Carlos, e passa a apresentar em agosto de 1965 o programa Jovem Guarda pela TV Record de São Paulo. Transmitido nas tarde de domingo, o programa teve uma das maiores audiências da época e lançou diversos artistas. Wanderléa e Celly Campelo foram as primeiras estrelas do rock brasileiro. Participou de filmes ao lado de Roberto Carlos e, depois de terminada a Jovem Guarda, continuou a carreira como cantora pop. Atualmente se apresenta cantando seus maiores sucessos, como "Pare o Casamento" (versão de Luís Keller), "Ternura" (Rossini Pinto) e "Prova de Fogo" (Erasmo Carlos).
Em 1984, o filho de Wanderléa, Leonardo, morre afogado aos 2 anos de idade. O garoto estava andando de triciclo e acidentalmente caiu na piscina. Chegou a ser socorrido mas não resistiu.
Atualmente, um grande sucesso de Wanderléa, "Te Amo", esteve na trilha sonora nacional da novela Caras & Bocas, da Rede Globo. Foi tema do casal protagonista, Dafne (interpretada por Flávia Alessandra) e Gabriel (Malvino Salvador). A mesma música já havia entrado para a trilha de uma novela dos anos 90, Pedra Sobre Pedra. Graças a essa canção, Wanderléa voltou a ter destaque na mídia.

Discografia

(1962) Ao nascer do sol/Quero amar • Colúmbia • 78
(1962) Meu anjo da guarda/Tell me how long • Colúmbia • 78
(1963) Wanderléa • CBS • LP
(1964) Quero você • CBS • LP
(1965) É tempo do amor • CBS • LP
(1965) É tempo do amor/Do wah diddy diddy • CBS • Compacto simples
(1966) A ternura de Wanderléa • CBS • LP
(1967) Wanderléa • CBS • LP
(1968) Pra ganhar meu coração • CBS • LP
(1971) Bye bye/Anônimo veneziano • Polydor • Compacto simples
(1972) Chuva, suor e cerveja • Polydor • Compacto simples
(1972) Wanderléa maravilhosa • Polydor • LP
(1973) Mate-me depressa/Sem se atrapalhar • Polydor • Compacto simples
(1975) Feito gente • Polydor • LP
(1977) Vamos que eu já vou • EMI-Odeon • LP
(1978) Mais que paixão • EMI-Odeon • LP
(1980) Wanderléa • CBS • LP
(1981) Ser estranho • CBS • LP
(1982) Wanderléa • CBS • LP
(1985) Menino bonito • Som Livre • LP
(1989) Wanderléa • 3M • LP
(1992) Te amo • Som Livre • LP
(1996) O novo de novo. Ao vivo • Paradoxx • CD
(2000) Os maiores sucessos do século-21 grandes sucessos de Wanderléa • Columbia • CD
(2003) O amor sobreviverá • BMG • CD.

Maria Luíza Silveira Teles


Maria Luiza Silveira Teles, nasceu em Belo Horizonte (MG) em 4 de maio de 1943, tem longa vida dedicada à educação. Licenciada em pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Norte de Minas, inglês e terapia reichiana, com pós-graduação em psicologia e sociologia. Diplomas de Lower Cambridge, Técnicas de Ensino, Diagnose e Prognose em Educação, Psicologia Comportamental do Adolescente. Professora titular de Psicologia da Educação e Sociologia da Educação da UNIMONTES, jornalista, escritora e conferencista, vem trabalhando num projeto novo: iniciar crianças e jovens na filosofia. Atualmente é terapeuta Reiki, escritora de 24 horas com vários livros em co-autoria, tradutora, professora de cursos de aperfeiçoamento, extensão e pós-graduação e consultoria editorial "free-lancer" da Editora Vozes. Publicou, entre muitos livros, Uma Introdução à Psicologia da Educação, O Que é Psicologia, Aprender Psicologia, Curso Básico de Sociologia da Educação, A Greve das Crianças, Antologia da Academia Montes-Clarense de Letras, Poesias de Caderno, O Alfa e Ômega e As Sete Pontes.
O que é Neurose é uma das obras primas de Maria Luíza Silveira Teles, que, segundo dados estatísticos da editora Brasiliense, chegou a superar os 250 títulos e mais de seis milhões de exemplares vendidos.
Convenhamos, de neurótico todos temos um pouco. Pode ser um baita problema ou cacoete, uma atitude mental da qual não conseguimos nos ver livres, mas não há quem possa bater no peito e se dizer completamente são. O que é Neurose ajuda a conhecer essa nossa velha e inoportuna companheira: de onde vem, como age, como se instala dentro de nós. Quem sabe nos ensine também como desarmá-la, como convencê-la de que, sem ela, vivemos muito melhor.
Diante de uma linguagem completamente acessível a qualquer pessoa, o livro faz um verdadeiro passeio sobre o tema no qual propõem abordar, que é aNeurose. Trata não somente de teorias, mas traz a opinião clara e aberta da autora, que, não somente exemplifica seus argumentos, mas aconselha o leitor acerca dos mesmos, deixando transparente em todos os momentos o fato de que, por ser um assunto de fácil identificação por parte de cada um de nós, não fiquemos frustrados, ansiosos, ou mesmo abatidos com algum fato que espelha a nossa personalidade e/ou conduta.
Ao longo dos nove capítulos que nos apresenta o livro, inclusive, vale ressaltar, com um formalismo extremamente consistente e objetivo, são abordados temas tais como: Critérios de Normalidade, Conceito de Neurose, Tipos de Neurose, Ansiedade, Fobia Social, Doença do Pânico e Depressões, História de Vida, Contexto Social, A Psicologia e a Psicanálise: Caminhos e Descaminhos, Evitando a Neurose e Buscando a Cura.
Em sua argumentação acerca do conceito de neurose, a autora conceitua, debate, exemplifica e opina diante de termos nos quais aborda como pontos chave da discussão, como: Repressão, Fantasia, Racionalização, Projeção, Sublimação, Formação de Reação, Compensação, Regressão, Negação,Identificação, Deslocamento e Conversão Somática.
A psicanálise subdivide o conceito de Neurose em tipos tais como: Neurose Atual, Neurose de Abandono, Neurose de Angústia, Neurose de Caráter,Neurose de Destino, Neurose (ou Síndrome) de Fracasso, Neurose de Transferência, Neurose Familiar, Neurose Fóbica, Neurose Mista, Neurose Narcísica,Neurose Obsessiva e Neurose Traumática, porém, no capítulo referente à estes tipos de neurose, o livro traz um comentário bastante pertinente da autora, que diz acreditar ser uma certa tolice "falar" em tipos de neurose, pois, na realidade, não há nenhuma forma "pura". Esta é mais uma questão didática, acadêmica. Mas o que ela está querendo que venhamos a compreender é que, dependendo do tipo de conflito que aflige o indivíduo, dependendo, pois, do que lhe passa no íntimo, da fase do desenvolvimento em que os traumas se deram, as manifestações externas, os comportamentos, os sintomas serão diferentes.
Ainda neste mesmo capítulo, destaca-se uma diferenciação fundamental entre neurose e psicose, que é que, por mais séria que seja a neurose, o indivíduo tenta lidar com a realidade. Já o psicótico não, ele vive, quase sempre, fora da realidade, que não lhe interessa absolutamente.
No capítulo Ansiedade, Fobia Social, Doença do Pânico e Depressões, sobressai-se um assunto de relevância fundamental, que é a problemática entre médicos, psicólogos e psicanalistas de diagnosticarem um "problema" em um indivíduo como patológico ou psicológico, proporcionando ao mesmo um tratamento adequado. Por exemplo, existe uma diferença fundamental entre depressão e tristeza, diferença esta que, muitas vezes, ata os próprios médicos não percebem, receitando antidepressivos para uma pessoa que está apenas triste diante de um acontecimento verdadeiramente triste. Acho que está faltando aos médicos, psicólogos e psicanalistas um pouco mais de humildade e interdisciplinaridade.
No capítulo A Psicologia e a Psicanálise: Caminhos e Descaminhos, a autora traz à tona uma discussão de extrema importância, que é o fato de a Psicanálise não estar apresentando crescimento considerável, principalmente devido aos psicanalistas estarem parados nas idéias freudianas. Toda a sua produção continua sendo a tentativa de analisar os conceitos de Freud. Os analistas vêm sendo constantemente advertidos de que é preciso sair da sombra de Freud e promover estudos próprios e atuais. Mas a sombra de Freud continua parece inescapável. Ao continuar por aí, a psicologia e a psicanálise, que, sem dúvida, tanto têm ajudado os indivíduos, vão acabar se perdendo por descaminhos, entrando na contramão da História.


                                               Homenagem de um amigo pra Lu


Ela aceitou o covite. O encontro 20 anos depois.



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

DANIELA PEREZ, 19 ANOS DE SAUDADE


 Seu rosto ficou para sempre, belo e triste, imortalizado nos seus 22 anos.

UMA ATRIZ DE ROSTO INGÊNUO E RARA BELEZA.
A mistura de ficção e realidade transformou-se em tragédia. A atriz Daniela Perez , foi morta num matagal no Rio de Janeiro, aos 22 anos, a três dias do réveillon de 1993, pelo ator Guilherme de Pádua galã promissor, confessou ter matado com dezesseis tesouradas no pescoço e no peito a atriz, ambos namorados na ficção da novela das 8 da Rede Globo, De Corpo e Alma. Guilherme de Pádua fazia o Bira da novela. Daniela fazia a vulcânica Yasmin. , que contracenava com ele na novela De Corpo e Alma,exibida em 1992/93,Guilherme contou com a ajuda de sua esposa na época , Paula Thomaz e que estava grávida de quatro meses. Casada com o ator Raul Gazolla, Daniella Perez recebeu 18 golpes de tesoura e teve quatro perfurações no pescoço, oito no peito e mais seis que atingiram pulmões e outras regiões. No mesmo dia, 29 de Dezembro , o presidente Fernando Collor de Mello renunciava à Presidência da República, mas o assassinato dominou as rodas de conversas de todo o país. Uma multidão se concentrou na porta da delegacia. O crime foi destaque em todos os telejornais no Brasil e até no exterior, como na CNN americana e na BBC de Londres.
Torso esbelto e pernas grossas de bailarina, Daniela era a melhor candidata ao posto vago de namoradinha do Brasil. Se fosse ficção, a história seria brutal demais para ser encenada na novela das 8. Seria também inacreditável mesmo para um público acostumado aos mais loucos enredos televisivos em que se troca de coração como se troca de camisa. Imagine um filme ou novela em que uma autora criasse para a própria filha atriz um papel, o de Yasmin. Coloca ao lado dela Bira, o namorado machão, primitivo, violentamente ciumento. Pois foi isso mesmo que aconteceu. A criadora da novela é Glória Perez, a mãe de Daniela Perez.
ELES VIVERAM MOMENTOS FELIZES, ATÉ QUE PADUA CRUZOU SEUS CAMINHOS.
Antes de confessar a autoria do crime, Guilherme de Pádua procurou Glória Perez e o ator Raul Gazolla, marido de Daniella, para prestar solidariedade. Raul, emocionado, teria dito para Guilherme que ele era um "grande amigo".
Logo após a confissão dos assassinos, começaram a circular várias versões que tentavam explicar o ocorrido. Entre elas, a de que Guilherme de Pádua estaria confundindo a ficção com a vida real e que estaria apaixonado por Daniella Perez. Foi cogitado, inclusive, que os dois estariam vivendo um romance fora das telas, história totalmente negada por todos os colegas de elenco.
Vinte anos após a morte da esposa, Gazolla se incomoda com a impunidade. “Sofri com a criminalidade como milhares de pessoas também já sofreram, mas agora sofro é com a impunidade”, diz. “É um absurdo saber que as pessoas que mataram minha mulher com 18 facadas, que deveriam ficar 19 anos na prisão, estão na rua, livres.”
O casal criminoso tinha tatuado, em seus órgãos genitais, os nomes um do outro, o que fez supor a existência de um pacto de fidelidade entre Paula e Guilherme. Guilherme foi um dos primeiros a comparecer ao funeral de Daniella para consolar Raul e a mãe da vítima, a escritora Glória Perez, mas tanto ele quanto a esposa logo foram presos e, um ano depois, já estavam separados.
Em 1997, Guilherme foi julgado e condenado a 19 anos de prisão. O veredicto, acompanhado por 400 pessoas, foi aplaudido de pé. Três meses depois, Paula foi condenada a 18 anos e seis meses – mais tarde teve a pena reduzida para 15 anos. Glória Perez acompanhou o julgamento, segurando as sapatilhas e uma fotografia da filha assassinada.
A versão provada no tribunal da motivação do crime, foi a apresentada pelo promotor Maurício Assayag e pelo advogado de acusação Arthur Lavigne. Segundo ela, Guilherme era quem assediava Daniella. Dias antes do crime, Guilherme teria ficado inseguro ao receber os capítulos da novela e visto que ele não estaria em 2 capítulos, pensou que seu personagem estava diminuindo por influência de Daniella que era filha da autora. Supondo que Daniella havia contado à mãe das suas investidas, o ator armou a mão da esposa, que tinha muito ciúmes de Daniella. Após colher 1,3 milhão de assinaturas, Glória conseguiu a aprovação de um projeto de lei para incluir o homicídio qualificado no rol dos crimes hediondos, que recebem tratamento legal mais severo e impossibilitam o pagamento de fiança e o cumprimento da pena em regime aberto ou semi-aberto. Como o assassinato de Daniella foi anterior à instauração da nova lei, Paula e Guilherme foram beneficiados e cumpriram parte da pena em liberdade. O casal ficou preso por sete anos.


Os personagens da história







Daniella Perez - A única filha mulher da autora Glória Perez sempre quis ser artista. Começou como dançarina, atividade que, aliás, exerceu extra-profissionalmente até a sua morte prematura.
Quando morreu, aos 22 anos, Daniella estava casada com o ator Raul Gazolla, que ela havia conhecido na novela Kananga do Japão, da Manchete.












Glória Perez - Depois do assassinato da filha, Glória Perez passou a se dedicar quase que integralmente à condenação dos culpados, buscando provas através de uma investigação paralela feita com seu advogado, Arthur Lavigne. Glória chegou a convencer três pessoas que trabalhavam em um posto de gasolina, onde Daniela teria passado pouco antes de ser morta, a prestarem depoimentos contra Paula e Guilherme.
Além disso, a autora liderou um movimento nacional para mudar a lei que garante a criminosos primários o cumprimento da pena em liberdade. Recentemente, Glória tem dado várias declarações de que não acredita mais na Justiça do Brasil.
Nascida em Rio Branco, no Acre, Glória Perez é formada em História e começou a sua carreira como escritora de novelas colaborando com Janete Clair. Depois da morte da "mestra", foi Glória quem assumiu o comando da novela Eu Prometo, de 1983. Sua carreira havia começado antes, em 1979, quando ela escreveu um episódio para a série Malu Mulher, da Rede Globo. O episódio, no entanto, nunca chegou a ser gravado, mas foi ele que despertou em Janete Clair o interesse pela nova autora.
Depois da morte de Daniella, Glória ficou quase três anos sem escrever, só voltando às telas com Explode Coração, em 1995. Seu mais recente sucesso foi Caminho da Indias. Glória Perez viveu ainda  mais um drama pessoal, perdendo seu filho Rafael Ferrante Perez, de 25 anos. Portador de Síndrome de Down, Rafael morreu vítima de uma torção intestinal, em Brasília, onde vivia com a avó. Agora Glória só tem um filho vivo, Rodrigo.

Guilherme de Pádua - O mineiro Guilherme de Pádua estreou na televisão na novela De Corpo e Alma, a primeira e última da sua breve carreira. Anos antes da estréia, ele chegou ao Rio de Janeiro para tentar a carreira artística. Especula-se que ele chegou a realizar trabalhos como michê, mas o fato sempre foi negado por ele.
Após cumprir um terço da pena (seis anos e quatro meses), Pádua conseguiu a liberdade condicional em 1999, por bom comportamento. No ano seguinte, a Vara de Execuções Criminais de Minas Gerais concedeu a ele a redução de 25% da sua pena, que passou para 14 anos, dois meses e 26 dias. Em 2001, ele entrou com o pedido de indulto, que foi  consedido pela Vara de Execuções Criminais de Minas Gerais. Caso alguém o chame de assassino, ele pode, inclusive, entrar com um processo por calúnia e difamação.
Atualmente, Guilherme de Pádua leva uma vida normal e cursa o 1º período de Ciências da Computação na PUC Minas, em Belo Horizonte, e já desenvolve trabalhos na área. Recentemente, ele foi pré-selecionado para receber uma bolsa de estudos.


Paula Thomaz - Em liberdade condicional desde novembro de 1999, Paula Nogueira de Almeida Thomaz, agora assinando apenas Paula Nogueira, cursa Administração de Empresas desde 2000, na Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. O privilégio da condicional veio após ela cumprir um sexto da pena de 15 anos a que foi condenada.
Ao contrário dos seus colegas, Paula não prestou vestibular. Ela conseguiu ingressar na faculdade através do Programa de Acesso Direto, aprovado há dois anos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC). Através dele, o aluno que tenha obtido média sete nos três anos do ensino médio pode ingressar na faculdade sem prestar vestibular.
Paula queria estudar Ciências Contábeis, mas como o curso é à noite, ela não pode frequentar as aulas por determinação judicial. Outra determinação exige que Paula Thomaz se apresente à Justiça a cada três meses.
O casamento com Guilherme de Pádua acabou logo depois do crime. O advogado de Paula Thomaz defendeu a tese de que sua cliente estaria em um shopping no momento do crime. O de Guilherme, por sua vez, alegou que a autora das estocadas teria sido Paula. Seu cliente teria apenas imobilizado a vítima.
Em 2001 foi anunciado o segundo casamento de Paula, comSérgio Ricardo Rodrigues Peixoto. 




Homenagens a uma bela moça que ficou encantada...

Daniella Perez... Procura-se ladrão de cores.

A bailarina não dança mais... Não em um palco que seja acessível aos meus olhos!
Onde estão os movimentos ritmados e lineares?
Mostrem-me os aplausos, os assovios, os sorrisos!
Expliquem-me o abraço vazio, as mãos solitárias, os olhos tristes!
Para onde levaram o calor do encontro, o rosto que as mãos iriam afagar e o sorriso admirado pelo olhar agora triste?
Procura-se ladrão de cores!
Tragam de volta a vida para o jardim enlutado!
Devolvam os sonhos, reparem a saudade, cicatrizem as feridas...
Quero que façam isso e imediatamente!
Desejo ouvir o som dos aplausos, ver as sapatilhas de ponta e os filhos que não existem crescer.
Desejo conhecer sua letra e guardar o autógrafo que nunca ganhei.
Desejo contar uma história diferente para minha sobrinha quando me perguntar “quem é a moça da foto?”
Desejo... Quero... Procuram-se os passos da bailarina...
É possível mudar o que passou? Certamente não!
Mas é perfeitamente possível ter saudade do que você não viveu.
Isso deveria ser levado em consideração...

Danielle Faria.




Devolvam a moça morta

Se vão indultar o assassino, então devolvam a moça morta, tal como ela era quando viva. Devolvam o vulto moreno! Devolvam a beleza! Devolvam os cabelos negros soltos ao vento! Devolvam a voz, o jeito de falar, devolvam as músicas que a moça morta gostava de cantar! Devolvam tudo que era dela: a mesma estatura, o mesmo jeito de andar, ah, devolvam o prazer de dançar. E, acima de tudo, devolvam a alegria de estar vivendo, sem medo de uma tesoura assassina. sem medo da noite dos assassinos.

Se vão indultar o assassino desmitam as edições extras na televisão. Desmitam a voz nervosa dos locutores das rádios anunciando o crime hediondo. Desmitam e apaguem as manchetes dos jornais. (Desmitam a fotografia da moça morta na primeira página). Digam à mãe da moça morta quetudo não passou de um lamentável engano, pois Daniella Perez vai voltar. Digam ao marido para esperá-la, como num dia de festa no Rio de Janeiro, pois Daniella Perez vai voltar.

Convoquem os amigos, os companheiros de elenco da novela, convoquem os pais e os irmãos, os avós, ressuscitem os mortos e gritem ao mundo que Daniella Perez está de volta. Se vão indultar a tesoura assassina, então devolvam a moça morta, sem nenhuma marca, sem nenhuma cicatriz. Devolvam o coração batendo dentro do peito. devolvam o corpo sem nenhuma arranhão. Senhores que indultam assassinos: retirem o susto nos olhos da moça morta! Retirem o espanto! Calem o grito de medo que se espalhou na noite do Rio de Janeiro. Silenciem o pedido de socorro. Consertem o mal que a tesoura assassina fez. Tragam a vida que a tesoura assassina matou.

Digam à dor da moça morta para não doer.Digam o medo que a moça morta sentiu para ir embora.

Espalhem a boa nova pelo Rio de Janeiro, pelo Brasil, pela América do Sul: não, Daniella Perez não morreu, está mais viva do que nunca. Se vão indultar o assassino. Se vão permitir ao assassino que viva como se não houvesse matado. Se vão dar ao assassino os mesmos direitos de quem nunca matou…

Ah, então, senhores que indultam assassinos e tesouras assassinas, façam o favor de trazer a morta tão viva como antes. Façam o favor de permitir que a moça morta possa ir às festas de que gostava, possa ir ao cinema com o marido e depois jantar e beber um chope com os amigos. Façam o favor de permitir que a moça morta fique olhando um navio passando ao longe no mar e se perguntando: “Meu Deus, em que porto do mundo esse navio vai atracar?” Façam o favor de devolver o sucesso que a moça morta fazia na novela na televisão. Façam o favor de devolver o futuro que a moça morta tinha como atriz. E não se esqueçam, senhores que indultam assssinos e tesouras assassinas, indenizem Daniella Perez pelo tempo em que esteve morta. Pela festa da vida que ela perdeu tão sem culpa como quem perde o trem. Se vão indultar o assassino, devolvam a moça morta!!!

Roberto Drummond.



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