quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Salve Giovanna Antonelli!!!




A vilã Bárbara, de Da Cor do Pecado e a delegada Helô, de Salve Jorge


Sou fã de Giovanna Antonelli, sim. Pronto, falei, estou leve! Mas isso não me deixa cego aos deslizes que ela e outras atrizes que admiro possam cometer. Como acontece com Cláudia Raia – outra de minhas atrizes favoritas e tema de uma coluna há duas semanas – atualmente em Salve Jorge. Mas o que surpreende em Giovanna é o fato de essa menina nunca errar. No momento, somos brindados com duas de suas atuações mais primorosas: a delegada Helô, de Salve Jorge; e a vilã Bárbara, de Da Cor do Pecado, que encerrou sua saga no Vale a Pena Ver de Novo, na sexta 22.

Clarice, de Sete Pecados (2007); a Cláudia, de Aquele Beijo (2011), e a Gigi, de As Brasileiras: A Venenosa de Sampa (2012)


Mas fazendo uma retrospectiva rápida, mesmo quando as personagens não favoreciam, Giovanna estava lá firme como uma rocha dando o seu melhor. Exemplos? Tenho três deles: a Clarice, de Sete Pecados (2007); a Cláudia, de Aquele Beijo (2011), e a Gigi, de As Brasileiras: A Venenosa de Sampa (2012). Clarice era a típica boa moça em uma novela horrorosa, cuja protagonista era Beatriz, um arremedo de ser humano vivido com extrema canastrice por Priscila Fantin. Mesmo com uma personagem apagada, Giovanna deu aula de interpretação e manteve a dignidade de seu trabalho até o fim. Cláudia poderia ser o primeiro fracasso de sua carreira, já que tinha nível mínimo de conflito e coerência dramatúrgica. Mas a atriz não cedeu um milímetro à tentação de ligar o piloto automático e buscou capítulo a capítulo, estímulo interno e energia para dar credibilidade a seu papel. Já para viver a perua da Gigi, no episódio mais fraco de As Brasileiras, a atriz se jogou de cabeça na piscina do exagero e foi a opção correta. Ao escolher pela chanchada, em vez da comédia de costume, Giovanna se manteve incólume.

Capitu, de Laços de Família (2000); a Jade, de O Clone (2001) e a Alma, de Três Irmãs (2008)


E se mesmo com papeis muito aquém de seu talento Giovanna tira leite de pedra, tendo em mãos uma boa matéria prima para trabalhar, ela faz a festa. Mais exemplos? Tem muitos: a Capitu, de Laços de Família (2000); a Jade, de O Clone (2001); a Anita Garibaldi, de A Casa das Sete Mulheres (2003); e a Alma, de Três Irmãs (2008). Só para citar algumas… As três primeiras, mulheres fortes envolvidas em dramas terríveis, foram tipos perfeitos para uma atriz corajosa, que adora assumir riscos e não tem medo de ousar. Já a destrambelhada Alma, foi a primeira oportunidade real que Giovanna ganhou para mostrar que também poderia ser uma boa humorista. E ela arrasou, fazendo da médica atrapalhada a melhor personagem da trama de Antônio Calmon. E olha que ela tinha como companheiras de cena duas verdadeiras divas: Regina Duarte e Cláudia Abreu.
Mas voltando à Helô e à Bárbara, tivemos uma ótima chance de poder acompanhar a atriz no ar com duas personagens tão opostas. Bárbara é uma vilã à moda antiga: intensa, cruel, sem um pingo de ética e muito, muito charmosa. E foi uma delicia ver a megera sendo dominada pela loucura até culminar num final dramático. Espetacular!

Helô e Stenio (Alexandre Nero)


Helô é o outro lado da moeda da Bárbara: uma policial honestíssima, determinada e implacável. E, mais uma vez, Giovanna tem a melhor personagem de uma novela, no caso a obra de Gloria Perez. Helô é extremamente contraditória. Ama o ex-marido, mas se recusa a admitir isso; tem seus vícios (por compras); é meio grossa, mas é uma amiga para todas as horas; foi uma mãe ausente e não sabe como resolver as diferenças com a filha, Drica (Mariana Rios). É uma personagem cheia de possibilidade e Giovanna não desperdiça nenhuma delas, dando humanidade e graça para sua “delegata”. E, por falar nisso, a carioca nunca esteve tão linda em cena! Para completar, Giovanna achou no grande Alexandre Nero o parceiro prefeito para seu momento de plenitude. Tão bom ator quanto sua parceira cena, Nero criou uma química incrível com ela e não é à toa que dos dois fizeram de Helô e Stenio o melhor casal de Salve Jorge. Aos 36 anos de vida e 22 de carreira, aquela menina que estreou na TV como assistente de palco de Angélica, no Clube da Criança, em 1991, se transformou numa mulher incrível e numa atriz não menos formidável. Salve Jorge, que nada! Salve, Giovanna Antonelli!!!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

10 Vilãs memoráveis ANOS 2000


10) NORMA (Carolina Ferraz em “Beleza Pura)


 Na época da exibição de “Beleza Pura”, só se falava em Rakelly (Isis Valverde). A maluquete roubou a cena da novela, deixando em segundo plano a trama central, na qual Norma era encarregada das mais terríveis vilanias. Mas bem depois da novela, Norma virou febre com o surgimento do vídeo “Eu sou rica”, no qual nossa belíssima vilã deixa bem claro para o mocinho Guilherme (Edson Celulari) o motivo pelo qual não iria presa. “Eu sou rica” ganhou as pistas de dança, virou hit na internet e colocou Norma na galeria das grandes vilãs.



9) VILMA (Lucinha Lins em “Chamas da Vida”)


Uma mãe dominadora, uma empresária ambiciosa e uma incendiária insana. Assim era Vilma Oliveira Santos, que não hesitava em botar fogo, literalmente, na vida de seus inimigos. Brilhante desempenho de Lucinha Lins, Vilma dominou a ação em Chamas da Vida, desde o início, quando todos sabiam que ela era a responsável por inúmeros incêndios envolvendo seus inimigos, até o fim, quando passou a ser perseguida por um segundo incendiário e se viu completamente louca com a hipótese de ser eliminada da mesma forma que eliminava seus rivais. (Por Duh Secco)


8) SÍLVIA (Alinne Moraes em “Duas Caras”)

 Ela foi chegando de mansinho na novela, mostrando-se dócil e amável no início, para logo depois revelar uma personalidade obsessiva e crimonosa. Sílvia usava de seu charme para conseguir o que queria com Ferraço (Dalton Vigh) e não hesitava em querer eliminar seus inimigos. Dois momentos da vilã são muito marcantes pra mim: o primeiro, no qual ela deixa seu enteado Renato se afogando em um lago com a desculpa de que não pode molhar o cabelo (como amo ironia!!!); e o segundo, seu embate com a governanta Bárbara (Betty Faria), braço-direito de Ferraço, que detectou de cara a boa bisca que ela era. Vibro com aquela cena em que Sílvia tenta dar um tapa em Bárbara e leva uma chave de braço da governanta, que arremata com a melhor definição possível para a vilã: “diabinha”.
  

7) MAÍSA (Daniela Escobar em “O clone”)

 Maísa não é daquelas vilãs clássicas que trama coisas mirabolantes em meio a gargalhadas malévolas. É uma vilã, a la Gloria Perez, que foge desses estereótipos: amargurada, rancorosa, ressentida e humana. Mãe dominadora, faz de tudo para impedir o namoro da filha com seu segurança. Sem o amor do marido Lucas (Murilo Benício) e humilhada pela paixão deste por Jade (Giovana Antonelli), Maísa compensa sua frustração torrando o patrimônio do maridos com joias e vestidos caros e age silenciosamente, seduzindo Said (Dalton Vigh), marido de Jade, para se vingar da Odalisca. Uma cobra, que espera pacientemente pelo bote e um trabalho intenso e bem realizado de Daniela Escobar.


6) MARTA (Lília Cabral em “Páginas da Vida”)


 Outra vilã que foge do modelo clássico. Aliás, há quem nem a considere uma vilã, tamanha a humanidade que a genial Lilia Cabral emprestou à personagem. Frustrada pelas expectativas que depositou no marido e nos filhos, Marta era uma mulher comum e foi até compreendida por grande parte da audiência, que a via como uma batalhadora que carregava a família nas costas. Mas o fato dela rejeitar a neta portadora de Síndrome de Down, revelando todo o seu preconceito foi inaceitável. E com isso, nossa “querida” Marta foi contemplada com um passaporte para ingressar no rol das grandes vilãs da década.


5) ADMA (Cássia Kiss em “Porto dos Milagres”)



Mais uma vilã “aguinaldeana”. Adma era fria, calculista, minimalista. Transpirava crueldade pelos poros e era capaz de tudo para proteger seu amado Félix (Antonio Fagundes) dos inimigos. A arma? Uma boa dose de veneno que carregava em seu anel. O público vibrou com mais essa atuação espetacular de Cássia Kiss e esperava apreensivo para saber quem seria a nova vítima da terrível Adma.


4) BIA FALCÃO (Fernanda Montenegro em “Belíssima”)

“Pobreza pega”. Sim, queridos, agora começa o desfile das maiores vilãs. O quarto lugar pode até soar injusto para Bia, mas acreditem, até o primeiro lugar foi quase um empate técnico. Espécie de Odete Roitman do terceiro milênio, Bia tinha todas as características da histórica vilã “valetudista” (desprezo pelo Brasil, corrupção, instintos assassinos e sede por garotões). E com um agravante: o total desprezo pela filha legítima Vitória (Claudia Abreu). Bia fez e aconteceu: simulou a própria morte, prejudicou a neta Júlia (Gloria Pires) o quanto pôde e ainda protagonizou uma cena digna de tragédia grega ao rejeitar solenemente a filha pela segunda vez. Terminou feliz em Paris nos braços de um garotão aos brados de “bando de idiotas”. Mais um excelente trabalho para a já extensa galeria de personagens inesquecíveis de Fernanda Montenegro.


3) LAURA (Claudia Abreu em “Celebridade”)


Essa adorável “cachorra” causou frisson na época da novela e até hoje é lembrada como um dos melhores desempenhos de Claudia Abreu. Sonsa, dissimulada, com uma ironia e sarcasmo únicos, Laura movimentou a novela até ser assassinada no último capítulo. Totalmente inspirada em Eve Harrington, clássica personagem que infernizava Bette Davis em “A malvada”, Laura tinha objetivo destruir a vida de Maria Clara Diniz (Malu Mader) e, para isso, contava com a ajuda de um bom michê, Marcos (Marcio Garcia), como toda vilã gilbertiana que se preza. A surra que Laura levou de Maria Clara (inspirada em uma antiga cena de “Água Viva”) foi memorável, mas a melhor lembrança que tenho de Laura é dela arrasando, linda, na pista de dança, comemorando seu triunfo sobre a inimiga.


2) FLORA (Patricia Pillar em “A Favorita”)



Essa é cult! Flora deu a sua intérprete Patrícia Pillar inúmeras possibilidades de interpretação. E a atriz não desperdiçou: deu um banho como psicopata vingativa da genial trama de João Emanuel Carneiro, obstinada em destruir a vida de Donatela (Claudia Raia), por quem tinha um misto de ódio e admiração. Flora não poupava ninguém, nem a própria filha Lara (Mariana Ximenez), por quem tinha um profundo desprezo, e não teve escrúpulos em usá-la para colocá-la contra Donatela. Flora foi um show: irônica, sempre com ótimas tiradas, divertiu o público pra valer e também foi responsável por cenas eletrizantes em que o limiar entre a vida e a morte estava sempre em jogo. A intérprete de “Beijinho Doce” arrebanhou uma legião de fãs e até hoje deixa saudade.

1)           NAZARÉ TEDESCO (Renata Sorrah em “Senhora do Destino”)


O que dizer dessa linda raposa felpuda? Dona de uma invejável autoestima, Nazaré Tedesco foi a responsável pelo sofrimento de décadas da “anta nordestina”, como gostava de chamar Maria do Carmo (Susana Vieira), pelo sequestro de sua filha Lindalva (Carolina Dieckmann), a quem criou cercada de amor, como se fosse sua própria filha. E para proteger esse segredo, Nazaré foi capaz de tudo, inclusive matar o próprio marido José Carlos (Tarcisio Meira) e sua antiga colega dos tempos de prostituta, Djnenane (Elisângela), ambos rolando escada abaixo. Além disso, infernizava a vida de enteada Claudia (Leandra Leal). Nazaré era deliciosamente lasciva, debochada, insana, engraçada, divertida, enfim, um show à parte de Renata Sorrah, que soube aproveitar o genial texto de Aguinaldo Silva como ninguém. Pra o melão, é a campeã pelo seguinte motivo: apesar de extremamente caricata, Nazaré era, antes de tudo, humana, e movida pelo amor incondicional que tinha pela filha, a ponto de abrir mão de sua própria vida por causa dela. Portanto, se você cruzar em uma esquina com uma bela loira com uma tesoura na mão, fuja! Mesmo depois de morta, Nazaré pode ser capaz de tudo! Palmas para Nazaré, a incontestável campeã da década.




10 Vilãs memoráveis ANOS 90



10) MARY MATOSO (Patricia Travassos), de “Vamp” (1991)
Vilãs cômicas, quando bem construídas, são o máximo. Aqui temos um dos exemplos mais bem-sucedidos da categoria. O texto inspiradíssimo de Calmon casou perfeitamente com uma Patrícia Travassos simplesmente infernal, deliciosa, na pele da terrível e engraçadíssima perua vampira. Aliás, todo o grupo de vilões dessa novela foi um show à parte e Mary, sensualíssima, torturando nossos ouvidos ao cantar “O amor e o poder” é simplesmente impagável. Diva total! Risadas inesquecíveis com essa personagem.
9) ISABELA FERRETO (Claudia Ohana), de “A próxima vítima” (1995)
 Sonsa, lasciva, ordinária e extremamente cruel, a terrível vilã fez escola com as tias megeras, Francesca (Teresa Rachel) e Filomena (Aracy Balabanian), (aqui mencionadas honrosamente, porque arrasaram também) e passou a perna nas duas. Uma das mais dissimuladas vilãs de todos os tempos, ela usava sua falsa candura para enganar as mulheres e sua sensualidade à flor da pele para seduzir os homens. Tá certo que ela sofreu: levou uma surra do noivo às portas do casamento, teve o rosto retalhado pelo amante e terminou vendo o sol nascer quadrado. Mas essa devoradora de homens aprontou bastante, inclusive cometendo assassinatos e, por isso, conquista essa honrosa oitava posição.

8) MARIA ALTIVA (Eva Wilma), de “A Indomada” (1997)

“Oxente, my god!”. Quem não se lembra desses e de outros bordões anglo-nordestinos proferidos pela diabólica beata que infernizava a vida dos moradores de Greenville? Uma personagem extremamente caricata que só podia dar certo se fosse vivida por uma grande atriz. E Eva Wilma deitou e rolou com o inspiradíssimo texto de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e equipe. Se atirou de cabeça na maravilhosa brincadeira e foi over, over, over, sem medo de ser feliz. E ao melhor estilo do realismo fantástico, mesmo depois de morrer queimada, ainda aparece no céu gargalhando e ameaçando a população com um antológico “I’ll be back!!!”. Pois aqui no melão, Altiva pode voltar o quanto quiser.
7) IDALINA (Nathalia Thimberg), de “Força de um desejo” (1999)
 Que atriz fantástica é Nathalia Thimberg. Consegue tanto despertar nosso afeto e simpatia com a doce e frágil Celina de “Vale Tudo”, quando nosso ódio eterno como a terrível Idalina ou Constância Eugênia, que figura na lista de menções honrosas. No folhetim de Gilberto Braga e Alcides Nogueira, Idalina não dava descanso à cortesã Ester (Malu Mader) e armava as piores vilanias para se dar bem. Interesseira, mesquinha, moralista, Idalina era capaz de tudo por um punhado de vinténs, mesmo que isso significasse a infelicidade dos próprios netos. E o olhar de La Thimberg assustava pra valer. Um dos grandes destaques dessa deliciosa novela.
6) ISADORA VENTURINI (Silvia Pfeiffer), de “Meu bem meu mal” (1990)

Isadora é daquelas vilãs clássicas: bonita, charmosa, rica, elegante e implacável com seus oponentes. Talvez a inexperiência de Silvia Pfeiffer tenha sido um fator positivo, já que grande parte da graça de Isadora era a deliciosa canastrice de sua intérprete, que talvez não casaria tão bem com uma atriz que oferecesse uma construção mais realista da personagem da trama de Cassiano Gabus Mendes. O figurino de Isadora era um espetáculo à parte. Isadora era fria e calculista, mas sempre na maior elegância. Usou e abusou de Dom Lázaro (Lima Duarte) antes dele se recuperar do derrame e preferir melão, chegando ao ponto de tentar mata-lo asfixiado com um travesseiro. Só sucumbiu por causa do amor que sentia por Ricardo (José Mayer), que foi absolvido pelo autor no final da trama. À Isadora restou a presidência da Ventutini Designers e uma solidão de rasgar o coração em um dos melhores finais de novela de todos os tempos.
5) TEODORA (Debora Bloch), de “Salsa e Merengue” (1996)
 Um verdadeiro show! O que dizer? As maldades dessa vilã mais arrancavam gargalhadas do que ira por parte do público. Teodora era deliciosa, uma festa, com tiradas fantásticas que partiam das geniais mentes de Maria Carmem Barbosa e Miguel Falabella e incorporadas com perfeição por Debora Bloch. Politicamente incorretíssima, Teodora tinha uma empregada a quem chamava de Sexta-feira, humilhava os pobres e chamava sua rival Madalena, vivida por Patricia França, de aborígene, por esta ser de origem humilde. O fato é que o sucesso de Teodora junto ao público foi tanto que no final, acabou vencendo a mocinha e arrematando o mocinho Eugênio (Marcelo Antony), com quem viveu feliz para sempre, junto de seus gêmeos afrodescendentes, já que a inseminação artificial com a intenção de conceber crianças loiras que se parecessem com Eugênio não saiu como o planejado. O fato é que, cada capítulo de “Salsa e Merengue” era aguardado, em grande parte, por causa do ótimo texto e das ótimas tiradas de Teodora. Debora Bloch faturou o Troféu Imprensa de melhor atriz daquele ano e a novela, infelizmente, nunca teve uma reprise. Torçamos para que o Viva repare essa falha, pois o público merece rever Teodora.
4) RAQUEL (Glória Pires), de “Mulheres de Areia” (1993)

Gloria Pires já tinha feito misérias como Maria de Fátima em “Vale Tudo” e já não precisava provar pra ninguém sua enorme potencialidade. Mas na trama de Ivani Ribeiro, ela se superou, pois conseguiu a proeza de criar quatro tipos diferentes: Ruth, Raquel, Ruth fingindo ser Raquel e Raquel fingindo ser Ruth. E sem o menor sinal de caricatura, o público percebia perfeitamente quem era quem, graças a um magnífico trabalho cheio de sutilezas e nuances. Que atire a primeira pedra quem nunca se divertiu quando a malvada Raquel destruía as esculturas de areia de Tonho da Lua (Marcos Frota). Mais um golaço de Gloria e um trabalho digno de figurar na galeria dos maiores de todos os tempos.
3) BRANCA LETÍCIA DE BARROS MOTTA (Susana Vieira), de “Por amor” (1997) 

 Branca podia ser falsa, maldosa, cruel, traiçoeira, preconceituosa, mas uma coisa ninguém nega: era uma delícia estar na companhia dela. Talvez a mais sarcástica de todas as vilãs, Branca tinha uma tirada inteligente para cada situação e, muitas vezes, era dolorosamente sincera ao confessar a falta de sentimento pelo marido Arnaldo (Carlos Eduardo Dolabella) e pelo filho Leonardo (Murilo Benício). O fato é que Branca protagonizou grandes e memoráveis barracos, seja com a filha Milena (Carolina Ferraz), seja com a rival Isabel (Cassia Kiss), este com direito a tapas, empurrões, tesouradas e quedas em escadaria. Um grande trabalho de Susana Vieira para se rever e aplaudir sempre.
2) VIOLANTE (Drica Moraes), de “Xica da Silva” (1996)
Que Drica Moraes era uma fera do humor, ninguém duvidava. Mas na pele de Violante em “Xica da Silva” provou que é uma das maiores e mais versáteis atrizes de sua geração. Em uma novela de tom quase operístico, de personagens grandiloquentes e caricatos, a começar pela protagonista, Drica, sem alterar o tom da voz, mostrou toda sua intensidade dramática com a ressentida e cruel Violante, um trabalho magnífico, muitas vezes tendo o olhar como ponto alto. O olhar fulminante de Violante e sua voz sussurrante causavam arrepios por todo o Arraial do Tijuco. Sua aparente fleuma ocultava uma crueldade sem limites e uma vontade ferrenha de destruir Xica (Taís Araújo) para ficar com o contratador João Fernandes (Victor Wagner), sua grande paixão. Os embates entre Xica e Violante eram memoráveis e Violante não poupava Xica de apelidos jocosos como Sinhá Macaca. A novela da extinta Manchete foi antológica, em grande parte, por conter uma grande vilã e uma atriz talentosíssima dando vida a ela.
1) LAURINHA FIGUEROA (Glória Menezes), de “Rainha da Sucata” (1990)
 No início era apenas uma quatrocentona falida, que não perdia a pose e explorava a empregada. Mas a partir da convivência com a perua emergente Maria do Carmo (Regina Duarte), por quem tinha verdadeira repulsa, Laurinha foi se tornando cada vez mais cruel. Tomada de ciúmes do enteado Edu (Tony Ramos), com quem Maria do Carmo se casou e por quem nutria uma paixonite, Laurinha chegou ao cúmulo de matar lenta e dolorosamente o diabético marido Betinho (Paulo Gracindo), dono do antológico bordão “Coisas de Laurinha”, com doses diárias de glicose no lugar de insulina. Num ato de desespero, para incriminar a sucateira ordinária Maria do Carmo, como ela mesma chamava, se atirou do alto de um prédio em plena Avenida Paulista, numa das sequências de morte mais famosas de toda a teledramaturgia. Os duelos de Laurinha com a sucateira são inesquecíveis e a personagem é, de longe, minha preferida de Glória Menezes, que a compôs com classe, elegância e também com uma intensidade incrível. Glória se jogou na personagem e quem ganhou foi o público.

10 Vilãs memoráveis ANOS 80




10) FEDORA ABDALLA (Cristina Pereira), de “Sassaricando” (1987)


Impossível ouvir “Fata Morgana” sem se lembrar da pérfida e sensual Fedora Abdalla, genial composição da ótima Cristina Pereira, que bem que merece voltar aos grandes papéis dos anos 80. Fedora era engraçadíssima: uma perua apaixonada pelo bandido trapalhão Leozinho (Diogo Vilela) e que infernizou o quanto pode a vida do pai, interpretado por Paulo Autran. Fedora fazia e desfazia e não hesitava em expulsar as pessoas de sua casa com o famoso bordão carregado nos “erres”: rá, ré, ri, ró, rua. Mesmo com tanta vilania, Fefê mereceu um final feliz nas areias do deserto ao lado de seu amado Leozinho. Sem dúvida, uma personagem deliciosa.

9) FERNANDA (Christiane Torloni), de “Selva de Pedra” (1986)


La Torloni não tinha uma missão fácil pela frente: dar vida a uma vilã que fora eternizada pela excelente Dina Sfat nos anos 70. Mas a atriz não só deu conta do recado como é considerada por muitos como o principal destaque do remake da célebre novela de Janete Clair. Dois momentos marcantes foram quando ela se casou vestida de preto, chocando a todos e nas sequências em que sequestrou a mocinha Simone (Fernanda Torres) e fez misérias com ela no cativeiro. Fernanda é daquelas vilãs bem malvadas, com aquele quê de loucura, mas extremamente charmosas, bem ao estilo de Torloni. Um momento off-villania, mas também bastante lembrado é o seu sensual banho de piscina com a personagem de Beth Goulart ao som de “Perigo”, de Zizi Possi: uma leve insinuação gay que não foi pra frente na novela, mas que ficou na memória geral.

8) RENATA DUMONT (Tereza Rachel), de “Louco Amor” (1983)


Em minhas remotas lembranças dessa novela, confesso que morria de medo de Renata. Sempre ouvia comentários na sala de casa sobre o quanto ela era má e naquela época ainda não distinguia atriz de personagem. Resultado: cresci com medinho da Tereza Rachel. Recentemente, pude conferir alguns capítulos e comprovar que a impressão que tinha era inteiramente verdadeira. Já no primeiro capítulo, a chique embaixatriz fez de tudo para separar a enteada Patricia (Bruna Lombardi) do filho da empregada Luis Carlos (Fabio Jr). A sequência em que ela é desmascarada por Isolda (Nicete Bruno) em plena festa é memorável: Renata, na verdade, chamava-se Agetilde e fora a responsável pela morte do patriarca da família Dumont. E ironicamente era a verdadeira mãe de Luis Carlos, a quem tanto humilhou durante a novela. Um trabalho magistral de Tereza Rachel, uma das atrizes que mais brilhantemente interpreta vilãs.


 7) ANDRÉA (Natália do Vale), de “Cambalacho” (1986)


Perigosa! Até hoje o refrão da música do grupo “Syndicatto” remete a essa bela assassina. Muitos consideram o melhor papel de Natalia do Vale. De fato, a atriz esbanjou beleza, charme, talento e maldade pura, na pele da alpinista social que dá o golpe no milionário Antero (Mario Lago), tramando sua morte e se tornando rica. Apaixonada pelo cunhado Rogério (Claudio Marzo), marido de sua irmã Amanda (Susana Vieira), Andréa fez de tudo para separar o casal, além de infernizar a vida da protagonista Naná (Fernanda Montenegro), adorável cambalacheira, filha do empresário assassinado. Andréa não escapou de pagar pelo seus crimes na prisão, mas garantiu lugar no rol das preferidas do melão.

6) JULIANA (Marília Pêra), de “O primo Basílio” (1988)

 A personagem criada por Eça de Queiros já era meio caminho andado. A adaptação brilhante de Gilberto Braga completava o percurso de sucesso. Mas de nada adiantaria se não fosse interpretada por uma atriz menos do que genial. Marilia Pera agarrou a oportunidade e fez misérias na pele de ressentida e ambiciosa empregada de Luisa (Giulia Gam), que descobria a traição da patroa e fazia de sua vida um inferno. As cenas em que Juliana obriga Luisa a realizar os serviços domésticos em seu lugar foram o ponto alto da minissérie, assim como o momento da revelação de que ela era detentora das cartas que provavam a romance de Luisa, com o primo Basilio (Marcos Paulo). Juliana era detestável, mas também patética, digna de pena. Impossível não ler o romance e imaginar outro rosto, que não o de Marília, para a desafortunada personagem. Um deleite para ler, ver e rever sempre.

5) JOANA FLORES (Yara Amaral) de “Fera Radical” (1988)

Dois anos antes, Yara Amaral já tinha brilhado intensamente como a hipócrita Dona Celeste, da minissérie “Anos Dourados”, cabendo aqui uma menção honrosa à personagem. Apesar de ter feito da vida da filha Lurdinha (Malu Mader) um inferno, ao final, Dona Celeste se revelou mais uma vítima dos acontecimentos e dos códigos de conduta da sociedade da época do que uma vilã propriamente dita.
Em “Fera Radical”, ela também fez da vida de Malu Mader um inferno, sendo a grande responsável pelo assassinato dos pais da heroína Claudia, que voltava anos depois jurando vingança. Pouco tempo depois, Yara morreria em pleno réveillon na tragédia do Bateau Mouche, portanto, Joana Flores ficou como a lembrança mais forte que tive dela: uma atriz fantástica, cuja interpretação era cheia de nuances, perfeita nos pequenos gestos e nas pequenas expressões, mas também fantástica e explosiva nos momentos de fúria. O acerto de contas da “fera radical” com a megera é memorável e Yara nunca esteve menos que perfeita nessa novela. Saudades imensas!

4) CAROLINA (Lucélia Santos), de “Guerra dos Sexos” (1983)


Carolina era a candura em pessoa: uma flor de criatura. Doce, gentil, humilde, bonitinha, mas muito, muito ordinária. Uma verdadeira loba em pele de cordeiro, a vilã enganou os personagens da novela durante muito tempo e seduziu grande parte do elenco masculino, inclusive o adorável cafajeste Filipe, em ótima interpretação cômica de Tarcísio Meira. O mote da novela era a batalha entre os sexos, mas Carolina só era a favor dela mesma e aprontou poucas e boas com Charlô (Fernanda Montenegro), Roberta (Gloria Menezes) e grande parte do elenco feminino. Um desafio à altura de uma atriz cheia de recursos como Lucélia Santos.

3) RAINHA VALENTINE (Tereza Rachel), de “Que rei sou eu?” (1989)

 Antes de mais nada, uma das gargalhadas mais gostosas de toda a história da teledramaturgia. Mais um tipo terrível interpretado por Tereza Rachel. Valentine era superlativa, operística, insanamente cruel e engraçada. Com ares de Maria Antonieta, mas muito esperta, sempre levava vantagem em tudo. Seu ponto fraco era a paixonite pelo bobo da corte Corcoran (Stenio Garcia) e as cenas de romance entre os dois eram hilárias. Tereza Rachel, nessa memorável novela de Cassiano Gabus Mendes, foi da comédia ao drama, da leveza à intensidade com a mesma maestria. Seu melencólico e solitário final ao som de “How can I go on”, nas vozes de Freddie Mercury e Montserrah Caballé, é de arrepiar. A melancolia e a derrota da rainha destronada era latente apenas no olhar da atriz que aqui não foi menos que genial.


2) PERPÉTUA (Joana Fomm), de “Tieta” (1989)

Adorável urubu. Bem no íntimo, a eterna viúva do Major Cupertino é minha favorita. O que dizer dessa divertidíssima criação de Aguinaldo Silva em que sua intérprete Joana Fomm fez o que quis? Outra especialista em vilãs (aqui vai uma menção honrosa para Yolanda Pratini, de “Dancing Days”, que mesmo sendo dos 70’s vale a lembrança), Joana Fomm começou carregando mais para o lado do drama, do rancor, do ressentimento que sentia pela sua irmã Tieta (Betty Faria). Mas aos poucos, Perpétua foi ganhando ares mais divertidos, até virar uma vilã das mais caricatas e adoráveis de todos os tempos. A avarenta e maldosa Perpétua dava um show a cada aparição, seja se fingindo de boazinha para a irmã, seja humilhando as fiéis escudeiras Cinira e Amorzinho (Rosane Goffman e Lilia Cabral). Poucas vilãs foram tão longe quanto Perpétua, chegando ao ponto de empurrar o filho para os braços da própria irmã por dinheiro. Além disso, ela se fingia de santa e virtuosa, mas na verdade, a tribufú era libidinosa e bizarra ao guardar o órgão sexual do próprio marido em uma misteriosa caixa branca. Perto disso, o segredo do Gerson (Marcelo Antony) de “Passione” é brincadeira de criança, né? Por essas e outras, Perpétua até hoje é lembrada como uma das maiores vilãs de todos os tempos e com muita justiça. Inesquecível!

1) MARIA DE FÁTIMA (Glória Pires) e ODETE ROITMAN (Beatriz Segall), de “Vale Tudo” (1988)

 Empate técnico. Não deu pra decidir entre as duas que, afinal se revelaram durante a trama mais parecidas do que nunca. Odete (Beatriz Segall) até hoje é o símbolo de uma burguesia corrupta e inescrupulosa, que demonstra desprezo pelo Brasil, mas que construiu sua riqueza às custas da exploração do país. As verdades ditas por Odete são inquietantes e é impossível não se identificar com elas, pelo menos um pouquinho. Odete foi uma criação genial de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Basséres, sobretudo, porque foi uma personagem extremamente humana. Todas as suas vilanias estavam longe de serem gratuitas e eram justificadas pela preocupação que tinha com os filhos. O calcanhar de Aquiles era o fraco que ela tinha por garotões. O resultado é uma personagem poderosa, implacável, mas extremamente deliciosa de se assistir. Seu assassinato, até hoje, foi o que mais mobilizou o país e, mais de 20 anos depois, volta a fazer sucesso na reprise do Viva. Mesmo que Beatriz Segall tenha feito outros ótimos personagens, Odete sempre será seu carro-chefe. Definitiva!

Enquanto isso, Maria de Fátima é o símbolo da determinação. Disposta a vencer na vida e se tornar rica, a moça não media consequências para realizar seus objetivos, como por exemplo, colocar a própria mãe na rua, destruir o romance dela, trair a amiga Solange e até vender o próprio filho. Tudo isso parece terrível, mas mesmo assim Fátima era extremamente humana. Suas vilanias nunca foram motivadas por vingança ou questões pessoais, mas puramente para alcançar seus objetivos. Em sua moral (ou falta dela), Fátima se preocupava com a mãe, sofria cada vez que cometia uma maldade contra ela e achava que poderia consertar depois. E o trabalho de Glória Pires foi magistral. Sem qualquer ranço de caricatura ou exagero, ela sabia compôr duas Fátimas diferentes: a boazinha diante de todos e a pragmática e ambiciosa em suas cenas com o amante César (Carlos Alberto Ricceli). Vai ser difícil surgir uma alpinista social mais interessante e tão perfeitamente construída como esta. Antológica. 

Barroco: noções elementares


Barroco é o estilo artístico (artes plásticas-pintura, escultura, arquitetura- literatura e
      música) que surgiu e vigorou na Europa nos finais dos séculos XVI e dominou
      durante o século XVII. O “ Barroco” é um “modus vivendi”.
A palavra barroco é oriunda da terminologia utilizada em joalheria e significava
    “pérola defeituosa ou deformada”. Daí o termo, nesse período mencionado e em outros,
     ter sido utilizado pelos experts, em Artes, como degradaçãodecadênciairregularidade,
   “expressão do feio” (B.Croce), etc...
Durante muito tempo se afirmou ser o “Barroco” apenas uma reação
     à arte clássica renascentista.
Na atualidade, o “Barroco” é um  estilo de arte, que como os outros estilos
(clássico renascentista, romantismo, expressionismo, etc...) tem sua própria
forma de expressar o belo.  

Características do Barroco:  

        - Realismo ( representação fiel e direta da realidade).
        - Sentimentalismo (sentimento exagerado).
        -  Subjetivismo (realidade do sujeito pensante).
        - Sensualismo (gira em torno dos sentidos).
        - Movimentação (arte de movimentar).
        - Curva e contra curva.
        - Sombra e Claridade.
        -Conflito entre o humano e o divino (anjos povoam cenas humanas).
       - Multiplicidade de detalhes.
       - Preferência pelos temas democráticos (pessoas comuns integram cenas retratadas pelos  
            pintores).
      - Gosto pelo mórbido (lânguido, doentio( e grotesco.
      - Esconder o “Ponto de Fuga” – ( o expectador participa da obra inserido-se no contexto).
        Vejamos algumas obras de pintores e escultores barrocos, para que possamos     
       diagnosticar as características acima mencionadas:
SANTA  CEIA DE TINTORETO


                                                            SANTA CEIA DE RUBENS


                                                           ANUNCIAÇÃO DE RUBENS


                                                                                        LAS TREIS GRACIAS DE  RUBENS           

                                                 O JARDIM DO AMOR DE RUBENS

 O RAPITO DAS SABINAS DE RUBENS

                       
                                                                                                    Judite decapitando Holofernes, Caravaggio


                                                                A Ceia de Emaús Caravaggio



                                                                                  Velazquez - Spinners

                                    A Vénus do Espelho Velasques
                              
                                                                                                     La Forja de Vulcano Velasque

                                                                                                      Cristo Morto de Zurbaran
                                                                         Rubens


                                                  A LIÇÃO DE ANATOMIA DO DR. TULP - Rembrandt


                                                 Éxtasis DE Santa Tereza de Bernini

                                                                
                                                                    Fonte dos desejos de Bernini

                                       
                                                        Fonte dos desejos de Bernini


                            O Rapto de Proserpina de Bernini






Reflexo do “Barroco Europeu” no Brasil

O “Barroco” que encontramos no litoral
brasileiro é português.
Através da catequese jesuíta, que utilizava
o “Barroquismo” como pedagogia
religiosa, observa-se também, sua
presença na colonização portuguesa
do Brasil. Constata-se esta afirmativa,
através do “modus vivendi”
dos colonos, que traziam da Europa,
não só seus costumes, mas também,
arquitetos, desenhistas, escultores
e materiais de construções pré moldados.
Os projetos das igrejas, que aqui seriam
edificadas, muitas vezes, eram feitos
em Lisboa:

Igreja de São Pedro -Recife (PE)











Igreja da Ordem Terceira de São Francisco - Bahia (BA)







Altar-Mor do Mosteiro de São Bento- Rio de Janeiro (RJ)






















      As casas grandes (fazendas) era um "Barroco Mourisco",
           ou seja, observa-se nelas uma forte influência da arquitetura
           árabe. O mesmo ocorre com os sobrados das cidades.


O "Barroco Mineiro" é o "Barroco Brasileiro".


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O “Barroco Mineiro” não era uma copia
 do que se fazia na Europa.
No século XVIII, em Minas Gerais começaram
a fazer um “Barroco Brasileiro”.
Utilizaram pedra sabãoolho de boi (janela redonda),
artistas nacionais: Alejadinho, Mestre Valentin e
                                  Manuel da Costa Ataíde.


Arquitetura  de  Antônio Francisco Lisboa-
                                   "Alejadinho"

- Igreja da Ordeem Terceira de São Francisco,
   em Ouro Preto, MG.


- Igreja da Ordem Terceira de São Francisco,
em São João Del Rei, MG.


 - Igreja Bom Jesus de Matosinho,
   em Congonhas do Campo, MG.




Escultura de Alejadinho
      Profetas- Congonhas, MG





Cenas da Paixão- Congonhas, MG







- Chafarizes de Mestre Valetin





Pintura de Manuel da Costa Ataíde,
                      especialista em pintar tetos de
                      igrejas. Há nove (9)
                      quadros do pintor em
                      Minas Gerais.