domingo, 25 de setembro de 2011

Eva Todor Grande Atriz de Teatro e Tv

 Eva Todor Nolding, nascida Éva Fodor, (Budapeste, 9 de novembro de 1919) é uma atriz brasileira nascida
de uma família de judeus húngaros ligados ao meio artístico, Eva começou nos palcos ainda criança, como bailarina da Ópera Real de Budapeste. Por conta das dificuldades financeiras que a Europa enfrentava no período pós-Primeira Guerra, a família Fodor abandonou sua terra natal e emigrou para o Brasil, em 1929. No ano seguinte, Eva, com apenas nove anos, retomou carreira como bailarina, no Rio de Janeiro. Aos 10 começa a estudar dança clássica com Maria Olenewa, no Theatro Municipal. Foi quando adotou o sobrenome artístico de "Tudor" no lugar do original Fodor, cuja pronúncia no Brasil remeteria a um palavrão.
Aos 12 anos, Eva faz um teste para o Teatro Recreio e em 1934 estréia como atriz no espetáculo “Quanto Vale uma Mulher”, de Luiz Iglesias. Permanece na companhia e acaba por se casar com Iglesias em 1939, tornando-se a primeira atriz daquela companhia de revistas. Logo seu talento para os papéis cômicos se revela, o que leva seu marido a escrever peças com personagens concebidas especialmente para sua verve. Era especialista em papéis de moças ingênuas. No ano de 1940, funda a companhia “Eva e Seus Artistas”, que estréia com “Feia”, de Paulo de Magalhães, sob a direção de Esther Leão.
Seu primeiro papel dramático foi em “Cândida”, de George Bernard Shaw, um dos maiores sucessos da temporada carioca de 1946, e que ficou quatro meses em cartaz. Seguiu-se no ano seguinte “Carta”, de Somerset Maugham.
Pela companhia “Eva e Seus Artistas”, que duraria até fins da década de 1950 passaram grandes nomes da cena teatral de então, como André Villon, Jardel Jércolis, Elza Gomes e Henriette Morineau.
O estilo de atriz cômica de Eva seria abandonado em 1966, com a estréia do drama “Senhora da Boca do Lixo”, de Jorge Andrade, sob a direção de Dulcina de Moraes. O gênero cômico continua sendo seu favorito, mas a atriz abre o leque de sua interpretação em peças como “De Olho na Amélia” (Georges Feydeau), que lhe valeu o Prêmio Molière de melhor atriz em 1969, “Em Família”, de Oduvaldo Vianna Filho, com direção de Sérgio Britto, (1970); e “Quarta-Feira Lá em Casa, Sem Falta”, de Mario Brasini (1977).
No cinema, Eva estreou em “Os Dois Ladrões” (1960), produção de Carlos Manga e um dos últimos filmes de sucesso do gênero das chanchadas. Ao lado de Oscarito protagonizou uma das mais célebres passagens do cinema brasileiro, a “cena do espelho”. Em 1964 atua em “Pão, Amor e… Totobola”, de Henrique Campos.
Mas seria na TV que Eva Todor se tornaria mais famosa. Foram 21 trabalhos em telenovelas, minisséries e especiais. No gênero, seu papel mais marcante foi o de Kiki Blanche, na novela “Locomotivas” (1977).
Retomou a carreira cinematográfica quase 40 anos depois de seu último filme, protagonizando o delicado curta-metragem “Achados e Perdidos”, de Eduardo Albergaria, como uma mulher que recebe um carta de amor escrita para ela há mais de 50 anos. Eva Tudor atua também em `Xuxa Abracadabra´, dirigido por Moacyr Góes. Seu filme mais recente foi “Meu Nome Não é Johnny”.
Em 2007, com 87 anos de idade, lançou seu livro de memórias, intitulado "O Teatro da Minha Vida", escrito por Maria Ângela de Jesus.
Seu último trabalho na TV foi na novela Caminho das Índias, onde deu vida a divertida e amorosa viveu o Dona Cidinha. A atriz ficou triste por não poder aparecer nos últimos capítulos da trama de Glória Perez, em decorrer de fortes dores no estômago devido a uma hérnia de hiato, problema de saúde que sofre desde a infância. Eva precisou ser internada e passou por uma cirurgia, de que se recuperou rapidamente.
Foi convidada para reviver a personagem Kiki Blanche na nova versão de Ti Ti Ti. Eva fez a personagem numa participação especial, que fez na novela Locomotivas, em 1977.

Chega ao Brasil aos nove anos e aos 12 estuda balé com Maria Olenewa, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Aos 14 anos faz teste para o Teatro Recreio e estréia emQuanto Vale uma Mulher, de Luís Iglesias, 1934. Permanece na companhia de Luís Iglesias, com quem se casa, até 1939, tornando-se a primeira atriz, o que move o autor a escrever as peças com personagens concebidas especialmente para sua idade. Desenvolve, nesta época, um estilo pessoal em comédias, que torna-se sua marca e que acaba por limitar seu campo de atuação: aos 30 anos ainda interpretava meninas de 18 anos de idade.
Em 1940, funda a companhia Eva e seus Artistas, que estréia com Feia, de Paulo de Magalhães, sob a direção de Esther Leão. Seu primeiro papel dramático é em Cândida, de Bernard Shaw, 1946, sucesso que fica 4 meses em cartaz, seguido de Carta, de Somerset Maugham, 1947. A companhia, pela qual passaram André Villon, Jardel Jércolis, Elza Gomes e Henriette Morineau, funciona até o final dos anos 50 montando quase sempre comédias de costumes.
O estilo criado nos primeiros anos de carreira só é deixado de lado em 1966, com a peçaSenhora da Boca do Lixo, de Jorge Andrade, sob a direção de Dulcina de Moraes. O gênero cômico continua sendo seu favorito, mas a atriz abre o leque de sua interpretação em peças como De Olho na Amélia, de Georges Feydeau, 1969, que lhe vale o Prêmio Molière de melhor atriz, Em Família, de Oduvaldo Vianna Filho, com direção de Sergio Britto, 1970; eQuarta-Feira Lá em Casa, Sem Falta, de Mario Brasini, 1977.
Em 1981, atua em Essa Gente Incrível, de Neil Simon. O crítico Sábato Magaldi observa a mudança no desempenho da atriz: "Ela perdeu a audácia da colegial sapeca, típica de seus primeiros namoros com a platéia. Uma inflexão e uma prosódia especiais, dando-lhe um ar brejeiro, de comunicabilidade simpática. A essas características, verdadeira marca pessoal, Eva acrescentou maturidade, no domínio dos recursos cênicos, e um toque de fantasia, que retira a comédia do terreno pedestre, para sugerir nela um mergulho mais profundo".
Ao completar 50 anos de carreira, Eva Todor recebe homenagens e um artigo de Artur da Távola em que ele enumera os componentes de seu estilo de ser e trabalhar:
"O estar em cena sempre com a certeza de que é tudo uma representação e por isso tem que ser levado a sério. A vitalidade do corpo. A leveza do ser. O gosto de viver. A juventude eterna. A face brilhante. Caras e bocas. Um susto subjacente a cada expressão. Interjeições e trejeitos deliciosos. Afetação natural. Um ar de ponto de exclamação. [...] O melhor e mais renitente da arte de saber ser e permanecer faceira, catita, garrida e airosa.


Trabalhos na televisão

Filmes

·  960 - Os Dois Ladrões.... Madame Gaby
·  1964 - Pão, Amor e... Totobola.... Mulher de Costa
·  2003 - Xuxa Abracadabra.... Avó
·  2008 - Meu Nome Não é Johnny.... D. Marly




fonte: http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_teatro/index.cfm?fuseaction=personalidades_biografia&cd_verbete=739

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